AS Roma 2-2 Juventus FC: Ronaldo empata a AS Roma no Olímpico

    A CRÓNICA: PAULO FONSECA DEU BAILE A PIRLO, MAS PECOU NA FINALIZAÇÃO

    Jogo grande da segunda jornada da Primeira Liga Italiana. A AS Roma procurava a primeira vitória desta época na liga, depois de uma desapontante e amadora derrota na secretaria, enquanto a Juventus FC continua a adaptar-se às ideias do seu novo treinador, que não correram mal frente à UC Sampdoria em casa (primeiros três pontos conquistados).

    A primeira parte arrancou com os dois conjuntos algo tímidos, a avaliarem-se para tentar perceber onde seriam as principais fragilidades do adversário. A primeira grande oportunidade surgiu de uma arrancada fenomenal de Mkhitaryan, que perdoou frente a Szczesny.

    No entanto, numa altura onde parecia que a AS Roma estava a crescer no jogo, Rabiot cometeu uma grande penalidade clara, que Veretout converteu com sucesso. Um golo que aqueceu uma partida que estava morna, com os últimos cinco minutos a trazerem muita ação.

    Primeiro, mão na bola de Pellegrini – estava a ser dos melhores dos romanos – que originou um penalti para a Juventus FC, concretizado “sem espinhas” por Ronaldo. Logo a seguir, aos 45 minutos, um contra-ataque conduzido por Mkhitaryan (com a Vechia Signora descompensada), levou o internacional arménio a oferecer o 2-1 a Veretout, que bisava no encontro. Tudo para o descanso, com perspetivas de um grande segundo tempo.

    A segunda parte trouxe mais do mesmo: AS Roma sempre superior – muito forte nos duelos individuais e no processo ofensivo – contra uma Juventus FC muito frágil a defender e uma nulidade a atacar. Aliás, o vermelho (por acumulação de amarelos) mostrado a Rabiot – o pior em campo – aos 60 minutos dificultou ainda mais a tarefa aos pupilos de Pirlo.

    Só que quem tem Ronaldo arrisca-se a marcar a qualquer altura, até com menos um, e foi precisamente isso que aconteceu. Erro de marcação no coração da área e o português, de cabeça, deu o 2-2 à sua equipa, confirmando que continua a ser o seu “abono de família”.

    Até ao fim o que se viu foi os “Giallorossi” a tentarem chegar à vitória, mas o cansaço foi por demais evidente. Fica para a história o empate (2-2), que não reflete aquilo que se passou em campo. Fica ainda claro que os dois clubes necessitam de transferências até ao final do mercado: a AS Roma para a defesa, a Juventus FC do meio-campo para a frente.

     

    A FIGURA

    Jordan Veretout – Para além dos golos, fez um jogo enorme. Um autêntico “box-to-box”, que aplica muito bem a pressão e ainda tem forças para aparecer em zonas de finalização. Ainda assim, menção honrosa para a excelente partida da AS Roma, enquanto colectivo. Mkhitaryan, Pedro e Dzeko com grandes exibições, bem como Pellegrini e Spinazzola. O calcanhar de Aquiles continua a ser o eixo da defesa.

     

    O FORA DE JOGO

    Juventus FC – Jogo muito mau na Vechia Signora, num sistema que eu identifique como 4-3-3, mas que agia como um 4-4-2, algo que os prejudicou sempre no processo defensivo, deixando sempre muitos espaços entre linhas. Até para se campeã em Itália vai ter de lutar muito, porque tem aqui unidades numa forma baixíssima.

    Morata, McKennie e Rabiot foram nulidades, os centrais pareceram fora de forma e com dificuldades para conter Dzeko, os laterais defendem mal e Ronaldo também esteve pobre, só que como vai marcando, consegue mascarar esse facto.

     

    ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

    Paulo Fonseca opta aqui por um 3-4-3, uma abordagem conservadora, porque apesar de os dois alas estarem (teoricamente) mais chegados ao meio-campo, passam grande parte da partida em processo defensivo. Nota para o regresso de Dzeko (que muito se falou para a “Juve”) que complementa um ataque muito perigoso constituído por ex-jogadores da Primeira Liga Inglesa.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mirante (6)

    Mancini (6)

    Ibanez (6)

    Kumbulla (6)

    Santon (6)

    Veretout (9)

    Pellegrini (8)

    Spinazzola (7)

    Mkhitaryan (7)

    Pedro (8)

    Dzeko (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Bruno Peres (5)

    Diawara (-)

    ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

    Depois de um 3-5-2 que correu bem, Andrea Pirlo muda a sua tática em função da chegada de um ponta-de-lança mais “puro”, que normalmente beneficia muito o jogo de Cristiano Ronaldo. Álvaro Morata chega e joga, sendo a principal referência atacante do 4-3-3 do campeão italiano.

    Danilo e Cuadrado assumem as posições de laterais (muitíssimo ofensivos) e o tridente do meio-campo é composto por “combatentes virtuosos”, ou seja: destroem jogo como ninguém, mas não descuram o processo ofensivo.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Szczesny (7)

    Danilo (6)

    Bonucci (5)

    Chiellini (5)

    Cuadrado (5)

    Rabiot (3)

    McKennie (4)

    Ramsey (5)

    Kulusevski (6)

    Ronaldo (7)

    Morata (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Arthur (6)

    Douglas Costa (4)

    Betancur (-)

    Frabotta (-)

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    Carlos Ribeiro
    Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.