Olhando para aquelas que foram as equipas que este ano poderiam contrariar a Juve na luta pelo título – AS Roma e SSC Napoli – há que olhar para os seus talentos atuais, para aqueles que podem brevemente integrar o plantel principal, para os que podem abandonar o clube ou o futebol.
No caso da Roma, tem como jogadores com maior experiência o central Vermaelen, o “novo Totti” De Rossi, Dzeko e o próprio Totti que, ao que tudo indica, terminará a carreira no final desta época. Desde logo se sabe que o avançado italiano não terá tanta influência no plantel depois de o abandonar, apesar de continuar a fazer parte da estrutura do clube, o que, desde logo, pode prejudicar o plantel, uma vez que perde a sua maior figura até aqui. Quanto a novos talentos, a equipa romana poderá ver afirmarem-se na equipa principal num futuro próximo jovens como Abdullahi Nura, Gerson Silva, para além dos já afirmados Mário Rui, Rüdiger, Juan Jesus, Leandro Paredes, Salah ou El Shaarawy, que apesar de serem já figuras de destaque da equipa ainda têm alguma margem de progressão e poderão ajudar e muito a equipa atualmente orientada por Luciano Spalletti a lutar seriamente com a Juve pelo título.
Já o Napoli, parece-me, quanto a mim, com menos poder do que a Roma para combater a hegemonia da Juventus. Da equipa constam atualmente jogadores de grande qualidade, como Mertens, Insigne, ou até mesmo Hamsík, que brilhou no Euro 2016 ao serviço da Eslováquia, bem como o albanês Hysaj, mas até ver o poder financeiro e futebolístico do clube não chegou ainda ao dos dois restantes clubes já mencionados, razão pela qual mostra alguma fragilidade nos períodos de transferências, onde dificilmente consegue e conseguirá manter os seus jogadores mais influentes. Basta lembrar o que aconteceu com Higuaín, que trocou os napolitanos pela equipa da Massimiliano Allegri antes de iniciar a época que agora se aproxima do fim.