5 golos inesquecíveis nas competições europeias

    Ao longo da história das competições europeias já se marcaram grandes golos. Escolhi cinco, mas podiam ser muitos mais.

    Com apenas oito anos chorei pela primeira vez pelo meu clube, o SL Benfica, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1990, frente ao AC Milan. Frank Rijkaard foi o responsável por estragar um pouco da minha infância, mas não estragou a minha paixão pelo futebol, que após esse dia, foi crescendo cada vez mais. Após essa triste final perdida para os italianos, comecei a acompanhar mais as épocas do SL Benfica e todo aquele encarnado deixava-me doido. Mas foi ali, no meio da década de 90, que comecei também a ver jogos de outras equipas, mais precisamente nas competições europeias.

    Eu era o rapaz que todos os anos acordava cedo para ver o sorteio dessas competições. Fascinava-me todo aquele suspense e a curiosidade em saber qual a sorte que iria calhar ao clube do meu coração, mas também às restantes. Depois, vinham os jogos. É claro que não vi a maioria, mas há muitos que assisti colado à televisão e que nunca irei esquecer. Desde logo, o memorável jogo do SL Benfica em Leverkusen com aquele 4-4. Mas também desafios entre outras equipas, como a inesquecível remontada inglesa na final da Champions de 1999. Entre tantas e tantas horas de consumo de futebol europeu, é normal que tenha ficado muito arquivo futebolístico na memória.

    Ronaldo marcou um dos melhores golos das competições europeias.
    Cristiano Ronaldo após o golo de pontapé de bicicleta frente à Juventus FC
    Fonte: UEFA

    Durante toda a história das competições europeias, assisti a golos do outro mundo, assinados por alguns dos melhores intérpretes que o futebol já viu. A lista de golos que vos trago hoje é uma pequena amostra daquilo que, com muito mais tempo, poderia aqui apresentar. Mesmo que tivesse que escolher 50, já seria muito difícil, imaginem optar apenas por estes cinco. Sei que me vou esquecer de muitos, mas estes foram os golos que me vieram logo à cabeça assim que pensei em escrever este artigo.

    5.

    Ole Gunnar Solskjaer (Manchester United FC) – Final Liga dos Campeões 1998/1999 – Coloquei este golo não pela sua espetacularidade, mas por tudo aquilo que representou, e pela emoção que transmitiu, mesmo para aqueles que não eram adeptos do Manchester United FC. Esta foi, talvez, a final da Liga dos Campeões mais dramática de toda a história da competição. Os red devils estavam a perder por 1-0 frente ao FC Bayern Munique ao minuto 90, quando, em apenas dois minutos, conseguiram dar a volta ao resultado. O primeiro golo foi apontado por Teddy Sheringham, e o segundo por Ole Gunar Solskjaer, que fez dele o herói de Camp Nou, naquela mítica noite em que a “orelhuda” esteve quase a aterrar em Munique, mas foi desviada para Manchester.

    4.

    Pedro Gonçalves (Sporting CP) – Oitavos de final Liga Europa 2022/2023 – Arsenal FC e Sporting CP jogavam a segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa da época passada, e os londrinos venciam os leões ao intervalo no seu estádio por 1-0. A equipa de Rúben Amorim precisava de um tento para empatar a eliminatória e ele apareceu ao minuto 62, num Pote de magia que pôs os adeptos londrinos de boca aberta. Pedro Gonçalves apercebeu-se do adiantamento do guarda-redes Ramsdale, e do meio-campo desferiu um remate pleno de intenção que só parou no fundo das redes. Esse golo fenomenal do médio português levou a decisão da eliminatória para as grandes penalidades, e aí o Sporting CP levou a melhor.

    3.

    Nayim (Real Zaragoza) – Final Taça das Taças 1994/1995 – E como não há uma sem duas, aqui fica outro golo semelhante ao anterior, com a vítima a ser, novamente, o Arsenal FC, que na final da Taça das Taças de 1995, era o grande favorito a conquistar a já extinta competição, e que era disputada pelos clubes que venciam as taças dos seus países. Os gunners defrontaram o Real Zaragoza no jogo decisivo, e o empate a uma bola a poucos minutos do final do prolongamento, fazia perspetivar que o troféu iria ser decido na marca dos 11 metros. Puro engano. Em cima do minuto 120, Nayim tirou um coelho da cartola e colocou a bola dentro da baliza defendida por David Seaman, que ficou sentado e incrédulo como o que tinha acabado de acontecer. O médio espanhol ficou na história do Real Zaragoza, por ser ele o principal responsável pela única conquista europeia do clube.

    2.

    Zinedine Zidane (Real Madrid CF) – Final Liga dos Campeões 2001/2002  – Há golos e golos. E depois há golos que ficam para sempre imortalizados no tempo. Zinedine Zidane marcou um daqueles que entram facilmente para a galeria dos melhores de sempre da história das competições europeias, e porque não, do futebol mundial. O jogador francês dispensa apresentações e na final Liga dos Campeões de 2002, quis ser ele a mostrar porque era considerado, na altura, um dos melhores do planeta. O Real Madrid CF bateu o Bayer 04 Leverkusen por 2-1 e Zidane marcou o segundo tento dos merengues, num remate à meia volta e sem deixar a bola cair. Um gesto técnico perfeito só ao alcance dos predestinados.

    1.

    Cristiano Ronaldo (Real Madrid CF) – Quartos-de-final Liga dos Campeões 2017/2018 – Já muito se falou sobre esta obra de arte de Cristiano Ronaldo no Juventus Stadium, no duelo da segunda mão dos quartos de final da Champions em 2018, frente à Juventus FC. Mas como golos destes não se veem todos os dias, achei por bem que o primeiro lugar deste TOP deveria pertencer ao nosso madeirense. É um daqueles momentos que exprime na perfeição a definição de “uma imagem vale mais que mil palavras”. É um tento monstruoso que combina técnica, fantasia e força. É tudo isso e muito mais. É simplesmente, Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores da história do futebol.

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.