O PAOK visto por quem o conhece

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    O artigo que se segue foi redigido por Johnny Georgopoulos, jornalista grego, que gentilmente nos enviou este texto de análise à equipa do PAOK de Salónica, adversário de amanhã do Benfica na Liga Europa. A tradução integral ficou a cargo de Mário Cagica Oliveira.

    Já era expectável para toda a gente na Grécia que o PAOK, este ano, iria ser o principal adversário do Olympiacos na luta pelo título de campeão nacional. Atualmente, o PAOK é uma das equipas que menos tem sofrido com a atual situação financeira da Grécia. Esta situação deve-se, essencialmente, ao seu presidente, Ivan Savvidir, antigo membro do parlamento russo.

    No entanto, e ao contrário daquilo que se esperava inicialmente, o PAOK tem desapontado nesta luta: está a 20 pontos do Olympiacos e o terceiro classificado, o Atromitos, está a apenas 2 pontos de distância. O PAOK é muito conhecido pela sua força no Toumba (o seu estádio local) e isso tem sido evidente no campeonato: está invencível, com um registo interessante (11 vitórias, 1 empate e zero derrotas). O grande problema da equipa de Salónica continua a ser os jogos fora de casa (5 vitórias, 2 empates e 6 derrotas). Inclusivamente, os últimos 4 jogos fora de casa resultaram em 4 derrotas. No último fim-de-semana, contra o Asteras Tripolis, o PAOK até esteve em vantagem com um golo de Athanasiadis (goleador nato), mas acabou por conceder 2 golos e perder mais uma partida (2-1).

    Esta recente série negativa colocou o técnico holandês, Huub Stevens, numa posição complicada, uma vez que os adeptos do PAOK o apontam como o principal culpado pela má campanha da sua equipa. Desde a derrota com o rival Panathinaikos (2-1, no dia 9 de fevereiro), que a contestação tem subido de tom. O PAOK continua a procurar equilibrar-se enquanto equipa, mas continua a estar longe de encontrar estabilidade e a melhoria dos índices anímicos dos seus jogadores. A comunicação social grega tem dito, de forma recorrente, que Huub Stevens não se está a adaptar à mentalidade do país e que não terá tanto interesse no campeonato grego como deveria.

    Atualmente, para o PAOK, nem o segundo lugar, que muitos lhe asseguravam, está garantido. O técnico holandês continua a mudar constantemente o seu onze inicial e a 2 meses e meio do final do campeonato regular, continua a prometer que a equipa irá jogar bem no futuro. O tempo para provar que o PAOK pode jogar um futebol atrativo consigo é agora. Este jogo frente ao Benfica é crucial e ele quer mostrar que os adeptos estão errados em contestá-lo. As desculpas acabaram. O Benfica está invicto há 18 jogos (curiosamente, a última derrota foi contra o Olympiacos no Karaiskaki por 1-0), mas em Salónica acredita-se num bom resultado, com a ajuda do forte apoio que se verifica no Estádio Toumba.

    Huub Stephens tem perdido algum tempo a analisar os prós e contras da equipa do Benfica, através da visualização de DVD’s, e, nos últimos treinos, tem sido visto a trabalhar muito os movimentos defensivos e ofensivos da sua equipa. Inclusivamente, depois da derrota do último fim-de-semana, frente ao Asteras Tripolis, ele já se encontrava focado no encontro de amanhã: «Jogámos bem, mas tivemos azar e perdemos. Cometemos alguns erros, mas já estamos a pensar no próximo encontro. E temos um jogo importante frente ao Benfica», referiu.

    Apesar de tudo, a situação de Stevens está longe de estar resolvida entre os adeptos. Todos continuam à espera que o presidente, Ivan Savvidis, retorne a Salónica para demitir o técnico holandês do seu posto. Pessoalmente, eu creio que se sair será por sua livre vontade e não por despedimento do presidente.

    Miguel Vítor e Katsouranis já pertenceram ao Benfica e agora jogam pelo PAOK
    Miguel Vítor e Katsouranis já pertenceram ao Benfica e agora jogam pelo PAOK de Salónica

    Para o encontro de amanhã, o PAOK não poderá contar com Miguel Vítor (lesionado) e Maartens (não foi selecionado para as competições europeias). Também os novos reforços, Natko (proveniente do Rubin Kazan) e Danny Hoesen (do Ajax), irão falhar o jogo por já terem jogado pelos seus clubes nas competições europeias deste ano.

    Em sentido contrário, Salpingindis (capitão), Katsouranis (ex-Benfica) e Stoch vão regressar aos relvados para o encontro de amanhã. Estes três jogadores estiveram de fora no último encontro e vão poder dar o seu contributo amanhã. Outra boa notícia é o regresso do médio veterano sérvio, Vukic, que está totalmente recuperado de lesão.

    Na antevisão  da partida de amanhã, Giorgos Georgiadis, técnico adjunto, também deixou algumas notas importantes: «Estamos a atravessar uma má fase e, por isso mesmo, o jogo com o Benfica é muito importante. Temos de esquecer a liga e concentrarmo-nos apenas no jogo que aí vem. O Benfica é muito forte, mas temos a vantagem de jogar no nosso estádio.  Eu acredito que depois podemos garantir a qualificação no Estádio da Luz, mas vamos ter de ter atenção. O Benfica é muito bem organizado, forte no contra-ataque e tem estado muito bem, apesar da perda de Matić. Eles também são fortes a nível defensivo, mas temos de esperar que tenham um mau jogo. Vamos tentar bloquear o seu jogo ofensivo. Eles têm uma defesa sólida, mas vamos ter de encontrar espaços para lhes criar problemas», concluiu.

    A nível tático, creio que Stevens não deve usar Lino (ex-Porto), porque não tem estado em boa forma. Acho mais provável que Katsouranis e Insaurralde joguem no centro da defesa com Tzavellas do lado esquerdo.

    Se apostar no 4-2-3-1, creio que Vukic vai jogar atrás do único avançado Stefanos “Klaus” Athanasiadis. Se, por outro lado, apostar no 4-4-2, aposto em Salpingindis para fazer companhia a Athanasiadis. De qualquer forma, aqui fica a minha aposta para o onze inicial de amanhã:

    paok onze

     

     

    Esta é uma parceria entre o Bola na Rede e o site grego Sport 24.

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