Treinadores portugueses treinam pelo mundo inteiro. Onde treinam os brasileiros?

Onde é que eu quero chegar com isto tudo? Infelizmente, ao facto de que a grande maioria dos treinadores brasileiros trabalham à imagem do seu país.

No Brasil, tudo é política. O futebol não poderia fugir à regra e acaba por ser simplesmente, e totalmente, controlada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Como opera a CBF? Trocado por miúdos, e a olho bem nu, parece-me por demais evidente: a nível caseiro, a prática de futebol é um “bico de obra” de todo tamanho. Os clubes querem resultados imediatos, mas a quantidade infernal de jogos mal dá tempo para descansar, quanto mais para treinar. Com um calendário tão apertado, e com tantos jogadores de qualidade a sair a meio da época, durante o mercado de verão europeu, dificilmente algum técnico tem tempo para implementar seja o que for na sua equipa.

Depois, e comparando ao futebol europeu, a CBF claramente não considera que um dos maiores países do mundo esteja atrasado a nível de conteúdos e planeamento, não tendo, portanto, qualquer interesse em alinhar os seus cursos com os da UEFA.

A formação de treinadores há de ser algo parecido às “Novas Oportunidades” de José Sócrates, uma descarada tentativa de “mandar areia para os olhos” das pessoas, impossibilitando assim a criação de condições mais favoráveis para que surjam propostas fora do país.

Mas também, formação para quê, se venceram a Copa do Mundo por cinco vezes? O que é que eles podem aprender com os outros?

O Brasil é o país do improviso, do “vamos dar um jeito”, do “mais tática é negligenciar o talento dos jogadores”. Será que não conhecem a expressão, “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”?

O Brasil é o país que está mais preocupado com a economia do imediato, com a criação de jogadores criativos que vão render milhões. Interessa-lhes mais o “rendimento” do individual do que a força do coletivo. Para o bem dessa economia, esperemos que a qualidade dos jogadores brasileiros não comece também a entrar em crise…

O Brasil continua a ser um país demasiado fechado para o mundo e o panorama não melhorou, de todo, com Bolsonaro. Assim, é normal que haja pouca influência externa. E, no que toca a emigrar, ou o brasileiro não tem qualquer interesse em sair do seu país, ou vê-se diante de grandes dificuldades de adaptação à outra cultura quando o faz. Exemplo disso é a dificuldade em aprender outras línguas. Tudo bem que nem todos podem ser poliglotas como o Jesus, mas…

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