Foi longa a invencibilidade, mas terminou no passado sábado. Foram precisos 18 jogos para Jorge Jesus conhecer o sabor da derrota na Arábia Saudita.
O desaire até aconteceu de forma inesperada: em casa, frente ao Al-Hazm SC, equipa que vive nas posições abaixo da linha de água. A pergunta e a dúvida serão, então, tentar perceber que efeitos este revés terá na equipa comandada pelo experiente técnico luso.
Para já, tal não interferiu com a liderança do campeonato, com 32 pontos, mais três do que o Al-Nassr FC, segundo classificado. Os 13 jogos, dez vitórias, dois empates e apenas uma derrota no campeonato são dados de respeito, mas a tal deve-se juntar a campanha da equipa de Riade na Liga dos Campeões Árabes, um sólido sonho de todos os adeptos e responsáveis do clube.
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O Al-Hilal SFC está nesta altura apurado para as meias-finais da prova, depois de eliminar o Al-Shabab SC, do Omã, e o Al-Naft SC, do Iraque.
Jesus sabe que a sua popularidade em paragens sauditas não podia ser maior e os seus incrementos na qualidade de jogo e do trabalho da sua equipa tem conhecido evolução positiva e gradual.
Num onze onde costumam alinhar os europeus Alberto Botía, Carlos Eduardo, Gelmín Rivas e Bafétimbi Gomis, o treinador tem-se esforçado para que, em paragens onde o futebol não tem a qualidade de outras partes do mundo, possa levar as potencialidades dos seus jogadores ao limite, com alta intensidade.
Al-Hilal continua na rota do título
Não me parece que este acidente de percurso, a que aludi no início do texto, vá fazer grande mossa na equipa, mas, para provar isso, até ao final do ano, os “Al-Zaeem” (como é conhecido o Al-Hilal) terão dois testes de fogo, contra equipas dos lugares cimeiros da tabela. Sábado, o embate é com o Al-Ahli Jeddah SFC e, no dia 27, há duelo português com Pedro Emanuel, que defende as cores do Al-Taawon FC.
Entretanto, os sauditas vão conhecer quem vão enfrentar nas ‘meias’ da Liga dos Campeões. Enquanto isso, Jesus continua a ser o ídolo das massas e saberá, melhor do que ninguém, que o carinho recebido no Médio Oriente será inesquecível. Contudo, e como está bem na cara, no final da época despedir-se-á…
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Já com a Supertaça do país conquistada, o treinador de 64 anos faz-se acompanhar por uma autêntica legião de portugueses na equipa técnica e procura fazer do “seu” Al-Hilal um autêntico “tubarão” da Arábia.
Foto de Capa: Al-Hilal SFC