“É o melhor jogador de todos os tempos. Comparo-o a Pelé” – Pep Guardiola sobre Lionel Messi
“Ao longo dos anos tem havido alguns jogadores rotulados como “o novo George Best”, mas esta é a primeira vez que vejo essa frase como um elogio a mim” – George Best sobre Cristiano Ronaldo
Até há quatro anos, o recorde de golos da liga espanhola era 38, conseguido em 1950/51 por Telmo Zarra e igualado em 1989/90 por Hugo Sánchez. Marca extraordinária e que parecia inatingível, dado o número máximo de jogos também ser 38 e as defesas terem passado a ser, com o passar do tempo, cada vez mais eficazes face aos ataques. No entanto, o mundo ainda não tinha conhecido aqueles que são já dois dos melhores futebolistas de todos os tempos: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Desde que está no Real Madrid, o craque português já chegou aos 40 golos, depois aos 46 e, este ano, acabou o campeonato com 48, o seu melhor registo. O astro argentino, por seu turno, terminou agora com 43 tiros certeiros e já tinha chegado aos 46 e aos 50 noutras temporadas. Isto mostra bem a enorme distância que separa Ronaldo e Messi dos restantes craques, não só pela quantidade inacreditável de golos que marcam mas também pela qualidade assombrosa do seu jogo.
Pessoalmente sinto-me obrigado a admitir que Messi está um patamar acima, embora torça sempre por Ronaldo. Mas, independentemente das preferências de cada um, é bom que tenhamos a noção de que nunca mais iremos presenciar algo assim. Para além das monstruosidades que fazem em campo, ambos são os responsáveis por termos passado a encarar como normal um jogador ter mais golos do que jogos disputados. Se um deles passa dois jogos sem marcar, está em “crise”, diz-se.
Para se ter uma ideia, a melhor época da carreira do Ronaldo brasileiro – vulgo “Fenómeno” – são 37 jogos e 34 golos. A de Thierry Henry são 37 jogos e 30 golos. Cristiano Ronaldo marcou, em 6 épocas no Real, quase os mesmos golos que Raul fez em 16 (313 tentos do português contra 323 do espanhol). A questão não é que os craques mais antigos tenham passado a ser maus; Messi e Ronaldo é que são extraterrestres. Ano após ano exibem números que mais parecem tirados dos anos 40, quando o futebol se jogava com dois defesas e cinco avançados.
Há uns tempos, Luís Figo dizia que “no meu tempo possivelmente havia melhores jogadores” do que Messi e Ronaldo. Não só a opinião é de gosto duvidoso como ainda por cima está errada. CR7 e “La Pulga” estão de tal forma acima de todos os outros que criam a ilusão de que não há mais craques no futebol. Na verdade há e não são poucos, mas são todos humanos. Messi e Ronaldo não.
Ambos mudaram para sempre a História do futebol e já ninguém consegue pensar o que seria do melhor desporto do mundo sem eles. É um orgulho poder ver Lionel Messi e Cristiano Ronaldo jogar e pulverizar os recordes desta modalidade apaixonante. Aproveitemos, porque não vai durar sempre!
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Os 43 golos de Messi na Liga 2014/15
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Os 48 golos de Cristiano Ronaldo na Liga 2014/15
Foto: Facebook Oficial do Real Madrid CF e do FC Barcelona