Portugal venceu a Polónia por 5-1, mas esteve empatado até ao intervalo. Na segunda parte, depois das mudanças no meio-campo, a seleção das quinas dominou os polacos por completo.
O Estádio do Dragão parece estar sempre pronto a dar alegrias à seleção portuguesa. Depois de terem vencido a Liga das Nações, em 2019, na invicta, carimbaram agora o apuramento para a próxima fase do torneio. Contudo, apesar da goleada, Portugal teve uma exibição penosa, na primeira parte. Não conseguia fazer uma pressão eficaz, com o meio-campo a ficar sempre descompensado, e era muitas vezes apanhado em contra pé, permitindo aos polacos receber no meio, quase sempre Romanczuk, e este lançar os avançados na profundidade.
Durante toda a primeira parte, Bruno Fernandes e Bernardo Silva pressionavam a mesma ala, formando uma linha de cinco com os dois extremos e avançado. João Neves tapava um médio da Polónia, mas sobrava sempre um outro, Romanczuk, como já referido. Entre muitos lances de perigo, cuja ineficiência da pressão de Portugal não conseguia contrariar, destacam-se o remate de Bereszynski aos 28’ e o de Piatek (este, ao poste) aos 38’.

Na segunda parte, Roberto Martinez, conforme explicou em conferência de imprensa, passou para uma pressão com 4 jogadores, tal como tinha acontecido no primeiro jogo entre as duas seleções, o que resultou na perfeição: “Na segunda parte fizemos uma pressão alta com quatro jogadores (…) Fizemos a pressão alta no primeiro jogo com a Polónia e correu bem. Hoje a Polónia contrariou isso muito bem e tivemos que ajustar”. Vitinha entrou para o lugar de João Neves e Bruno Fernandes ou Bernardo Silva, dependendo da ala que estivesse a ser pressionada, tapavam o meio e não permitiam que os polacos aproveitassem o espaço no meio.
Depois da mudança, a goleada. Martinez mexeu no xadrez e Portugal fez xeque-mate. Passou a assumir o jogo, na segunda parte, e não deu hipótese aos Polacos de criar perigo até ao final do jogo.