Terminada mais uma época desportiva ao nível dos clubes, todo o universo do futebol se centra agora no Mundial da Rússia.
Portugal, inserido no grupo B, estreia-se no segundo dia de competição, frente à Espanha. No entanto, a preparação da Seleção Nacional já há muito teve início. Um mês antes do pontapé de saída na Rússia, Fernando Santos anunciou uma das decisões mais importantes: os 23 convocados para a fase final.
Face a um leque de opções alargado, o Engenheiro optou pela variedade. No grupo que vai seguir viagem para a Rússia, todos os jogadores apresentam caraterísticas diferentes, tendo utilidades repartidas pelos diversos contextos.
Assim, até à estreia da Seleção Nacional, o Bola na Rede vai definir, numa palavra, aquele que pode ser o principal contributo de cada jogador para a equipa das Quinas.
Rúben Dias: Fulgor.
É fácil explicar a seleção da palavra de uma forma sintética atentando nas idades dos outros defesas centrais convocados: José Fonte, o mais novo, conta com 34 anos e joga atualmente no campeonato chinês; Bruno Alves, caminha pra os 37 e vem de uma época pouco conseguida num campeonato periférico, como é a liga escocesa; e mesmo Pepe, já referido como o melhor central convocado, apesar da qualidade inquestionável tem já 35 anos.
Por isto, a frescura física de Rúben Dias pode ser fulcral para Portugal, sobretudo nos jogos em que a equipa das Quinas pretenda jogar com a defesa subida.
Contra equipas teoricamente mais fracas, que obriguem Portugal a subir o bloco e, por isso, a linha defensiva, a capacidade do jovem controlar a profundidade (superior à dos veteranos Bruno Alves e José Fonte) será um trunfo precioso.
A inexperiência do central (cumpriu a primeira internacionalização no particular da passada segunda-feira, frente à Tunísia) poderá ser um contra, mas os prós estão à vista e Rúben Dias pode muito bem sonhar com a titularidade, sobretudo quando Portugal for teoricamente favorito.
Foto de Capa: FPF