O tango argentino já conheceu melhores passos. Desde que, em Agosto deste ano, assumiu o comando da seleção das pampas, Edgardo Bauza soma apenas duas vitórias em seis jogos disputados. Recentemente, perdeu com o Paraguai em casa e sofreu uma humilhante derrota em pleno Mineirão, 3-0, com o seu rival de sempre, o Brasil. Estes dois desaires atiraram a Argentina para fora dos lugares que dão acesso direto ao Mundial de 2018.
O brilhantismo de Messi, inspirado na vitória de 3-0 frente à Colômbia permitiu, entretanto, aos argentinos atingir o quinto lugar que dá acesso ao play-off onde se disputa a presença no Mundial da Rússia. É certo que ainda faltam seis jogos, mas não se avizinha fácil a tarefa da seleção celeste, principalmente se não conseguir melhorias no futebol apresentado até agora.
Uma equipa recheada de jogadores de qualidade acima da média, principalmente do meio-campo para a frente, mas que depende demasiado do seu astro maior, Lionel Messi. Quem tem ao seu dispor jogadores como Di Maria, Pastore, Gaitán, Dybala, Aguero, Lavezzi, Lamela ou Higuaín, citando só alguns, não pode estar dependente de dias bons de um só homem.
Talvez na defesa estejam algumas das grandes lacunas desta seleção. Na baliza, Romero assume a titularidade, mas neste momento só joga na seleção, pois é suplente no Manchester United. Funes Mori é um dos indiscutíveis do treinador, mas também não é um titular absoluto do Everton e sempre que lhe surge pela frente um dianteiro mais rápido sente grandes dificuldades. Zabaleta já não apresenta a velocidade de outros tempos e em jogos mais complicados tem vacilado igualmente – Neymar e Coutinho deixaram-no bem claro recentemente. Uma defesa lenta e de posicionamentos duvidosos é a que tem surgido com Bauza, os 8 golos sofridos em 6 são um dos sinais.