A CRÓNICA: DOMÍNIO PORTUGUÊS NÃO CONCEDEU OCASIÕES BÚLGARAS
Na caminhada para o Mundial Feminino de 2023, Portugal protagonizou um jogo de sentido único e venceu a Bulgária por 5-0 na deslocação a Plovdiv, somando o terceiro triunfo consecutivo na presente fase de apuramento.
Bem… Que incrível arranque de jogo protagonizado pela equipa das Quinas! Ainda nem estavam decorridos cinco minutos e Portugal já vencia por dois golos, construídos de forma muito semelhante. No primeiro, Ana Borges desequilibrou na direita e viu Ivanova empurrar a bola para a própria baliza. Logo de seguida, foi a vez de Diana Silva aparecer no corredor direito e esperar que Jéssica Silva aparecesse no centro para finalizar.
A formação orientada por Francisco Neto manteve o controlo do encontro e não só continuou a criar mais ocasiões de golo junto da baliza contrária (nomeadamente nos remates de Diana Silva e Andreia Jacinto, e ainda num livre cobrado por Carole Costa), como nem concedeu aproximações de perigo por parte do adversário até ao intervalo.
Depois de um primeiro tempo de sentido único, a segunda parte acabaria por seguir praticamente a mesma linha. Perto do minuto 60’, Diana Silva aproveitou um mau corte de Razhgeva e ampliou a vantagem, já depois das investidas de Jéssica Silva e Andreia Jacinto.
A seleção portuguesa não baixou a intensidade e, por isso, não tardou em marcar mais dois golos praticamente seguidos. Na sequência de um canto, Diana Gomes subiu à área e aproveitou uma má saída de Shahanska para marcar com o joelho. Pouco depois, a recém-entrada Kika conquistou uma grande penalidade e Carole Costa, a outra central, fixou o resultado final em 5-0 para a equipa das Quinas.
O jogo não terminou sem antes Dimitrova ver o segundo amarelo e deixar a Bulgária em inferioridade numérica nos últimos 15 minutos. Com este resultado, Portugal segue na segunda posição do grupo H, com dez pontos em quatro partidas (a dois da líder Alemanha), enquanto a Bulgária continua sem somar pontos ao fim de três jogos.
A FIGURA
DIANA.⚡ SILVA.⚡
Apareceu no meio da defesa e fez mais um para Portugal!#BULPOR | 0-3 | #VamosComTudo #FIFAWWC pic.twitter.com/LMpE9pH97g
— Portugal (@selecaoportugal) October 26, 2021
Diana Silva – 73 minutos de tremenda qualidade! A avançada de 26 anos desequilibrou a linha defensiva adversária por várias ocasiões e destacou-se ao fazer um golo (o terceiro do encontro) e uma assistência para o golo madrugador de Jéssica Silva. Sentido oportuno, qualidade de passe e perceção exemplar do espaço ocupado pelas colegas foram os ingredientes que pintaram a exibição da atleta portuguesa.
O FORA DE JOGO
⚽ 3′ AÍ ESTÁ O PRIMEIROOOOO! GOOOOOOOOOOOOLO!#BULPOR | 0-1 | #VamosComTudo #FIFAWWC pic.twitter.com/GMx7Qd6mMB
— Portugal (@selecaoportugal) October 26, 2021
Yanitsa Ivanova – O auto-golo da Bulgária ao segundo minuto de jogo pareceu indiciar aquela que seria uma má exibição da defesa de 21 anos. Além desse momento de infelicidade, Ivanova foi arriscando nos cortes de bola no último terço do terreno, falhou no posicionamento por diversas vezes e ainda desistiu de alguns lances sem razão aparente. Uma má tarde para a búlgara, assim como para todo o restante setor defensivo…
ANÁLISE TÁTICA – BULGÁRIA
Silvia Radoyska procedeu a quatro mudanças por comparação ao último duelo (diante da Turquia), três das quais no setor intermédio, com as entradas de Nina Georgieva, Teya Penkova e Veronika Gotseva para os lugares de Velina Koshuleva, Ivana Navdenova e Lora Petrova. Já na frente de ataque da Bulgária, Yuliana Aleksandrova acabou por render Bilyana Pencheva.
Alinhadas em 3-5-2, as búlgaras tardaram em equilibrar as suas linhas e não foi de admirar que tivessem sofrido dois golos madrugadores. Com um bloco muito baixo, a seleção da Bulgária continuou a conceder muito espaço entrelinhas e as peças do setor defensivo raramente tiveram as melhores abordagens nos duelos, arriscando bastante nos cortes de bola. Bulgária
As substituições ao longo do segundo tempo não surtiram qualquer efeito e, apesar de alguns ajustes no processo ofensivo, a Bulgária não criou ocasiões, de tal modo que a guardiã Inês Pereira só por uma vez tocou na bola e foi apenas para bater um pontapé de baliza. Bulgária
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Roksana Shahanska (5)
Nora Dimitrova (3)
Nikoleta Boycheva (4)
Yanitsa Ivanova (3)
Yana Dineva (5)
Nina Georgieva (5)
Teya Penkova (5)
Veronika Gotseva (6)
Monika Razhgeva (4)
Yuliana Aleksandrova (4)
Simona Petkova (5)
SUBS UTILIZADOS
Zhasmina Atanasova (5)
Bilyana Pencheva (6)
Leonora Zheleva (5)
Diana Atasanova (5)
Velina Koshuleva (5)
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Francisco Neto optou por promover cinco alterações em relação à equipa inicial apresentada no triunfo diante da Sérvia, com mexidas em todos os setores. Inês Pereira rendeu Patrícia Morais entre os postes e Alícia Correia e Diana Gomes entraram para os lugares de Joana Marchão e Sílvia Rebelo no quarteto defensivo. A juntar a essas alterações, Andreia Faria substituiu Andreia Norton no meio-campo e Jéssica Silva ocupou a vaga deixada por Francisca Nazareth na frente de ataque.
A jogar em 4-3-3, a seleção portuguesa soube como aproveitar as descoordenações das linhas adversárias, de tal modo que foram várias as vezes em que as referências ofensivas apareceram completamente soltas junto à área contrária. A juntar à técnica da seleção lusa, a fluidez do jogo interior e a perspicácia das bolas longas revelaram ser suficientemente desequilibradoras para criar mais perigo. Bulgária
As substituições de Francisco Neto serviram para refrescar algumas posições e permitiram alguns ajustes na mobilidade ofensiva da turma portuguesa. A intensidade incutida por Portugal manteve-se a um bom nível, de tal forma que a goleada por cinco golos poderia ter sido ainda mais dilatada.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Inês Pereira (6)
Alícia Correia (6)
Diana Gomes (7)
Carole Costa (7)
Catarina Amado (7)
Andreia Jacinto (7)
Dolores Silva (6)
Andreia Faria (5)
Jéssica Silva (7)
Diana Silva (8)
Ana Borges (7)
SUBS UTILIZADOS
Tatiana Pinto (5)
Francisca Narazeth (7)
Carolina Mendes (6)
Suzane Pires (5)
Fátima Pinto (5)
Artigo revisto por Joana Mendes