Inglaterra 1-1 Rússia: Nova Geração, Pecados Antigos

    INGLATERRA

    Fonte: UEFA
    Fonte: UEFA

    Roy Hodgson deixou cair o 4x4x2 – o pobre teste com Portugal terá sido decisivo –, regressando ao 4x3x3, com Sterling e Lallana abertos nas alas, prontos para servir o ponta-de-lança Harry Kane. A dúvida, que assola tanto a mente de seleccionador como de adepto comum, continua a prender-se com a utilização (a forma de utilização, entenda-se!) de Wayne Rooney como pivot do jogo ofensivo colectivo, num limbo entre o meio-campo e o ataque – a “estrela” inglesa foi declaradamente “n.º 10”, pensando e executando com elevado indicie de acerto no capítulo do passe; o problema, no entanto, mantém-se: até que ponto a equipa perde poder de fogo, com Wayne Rooney tão distante da baliza adversária?

    A Inglaterra tomou a iniciativa desde o primeiro minuto. Porém, o domínio do esférico e territorial só raramente se converteu em reais oportunidades junto da baliza de Akinfeev. Keyle Walker e Danny Rose, os dois laterais do Tottenham, cedo se tornaram setas (quase) impossíveis de travar, assumindo-se os principais dínamos do ataque e criando interessantes combinações com Sterling e Lallana, a que, por uma ou outra razão, faltou sempre um toque final e decisivo.

    Só na 2.ª parte, concretizado o natural desgaste físico e mental, a Inglaterra conseguiu desbravar espaço por entre as apertadas e sólidas linhas defensivas russas. Aos 70 minutos, Wayne Rooney, à entrada da área, rematou rasteiro e forte, para Ankifeev confirmar, notavelmente, o estatuto de homem do jogo – naquela que, para já, será a defesa do Euro’ 2016. Seria o ensaio para o golo inglês, que chegaria apenas dois minutos depois, na sequência de um livre directo à entrada da área e em posição frontal: Eric Dier, formado nas escolas do Sporting, executou na perfeição.

    Pensou-se que a vitória já não fugiria – no entanto, a equipa recuou perante uma (já) improvável reacção adversária. Roy Hodgson, com as suas substituições, enviou a mensagem errada para dentro das quatro linhas e, tal como em tantas outras ocasiões, a Inglaterra tropeçou numa grande competição – o gigante Vasili Berezutski, pelo ar, empatou aos 92 ‘.

    Nota aos  jogadores:

    Joe Hart – 6

    Kyle Walker – 7

    Gary Cahill – 6

    Chris Smalling -6

    Danny Rose – 7

    Eric Dier -7

    Dele Alli – 5

    Wayne Rooney – 6

    Lallana – 5

    Sterling – 6

    Harry Kane – 5

    Jack Wilshere – 4

    James Milner – —

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    João Amaral Santos
    João Amaral Santoshttp://www.bolanarede.pt
    O João já nasceu apaixonado por desporto. Depois, veio a escrita – onde encontra o seu lugar feliz. Embora apaixonado por futebol, a natureza tosca dos seus pés cedo o convenceu a jogar ao teclado. Ex-jogador de andebol, é jornalista desde 2002 (de jornal e rádio) e adora (tentar) contar uma boa história envolvendo os verdadeiros protagonistas. Adora viajar, literatura e cinema. E anseia pelo regresso da Académica à 1.ª divisão..                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.