PORTUGAL
Fernando Santos não alterou a estrutura, mas mudou os nomes do jogo com a Croácia. Entraram Eliseu e Renato Sanches para os lugares dos condicionados Raphael Guerreiro e André Gomes. Houve desconfiança… Mas agora já não se falará nisso. Não é que Eliseu e Renato Sanches tenham sido irrepreensíveis, mas foram quase duas horas e meia de emoção, que apagam tudo o que de mau possa ter sido feito. Afinal, tudo está bem quando acaba bem.
Agora, poucos dos que contestaram lembraram-se da permeabilidade das alas da selecção nacional, não só de Cédric, responsável maior pelo demérito português no golo polaco, mas também de Eliseu, que viu Blaszczykowski e Piszczek entrarem em combinação pela sua área de jurisidção a bel-prazer.
Ao festejar, poucos dos que contestaram se recordarão da passividade do meio-campo português, porque Renato Sanches fez o favor de desferir um míssil para a baliza de Fabianski, depois de combinar com Nani e levar o jogo para penalties, e porque William, com bola, esteve extraordinário, a lançar o ataque.
Poucos dos que contestaram se lembrarão, agora, daquela bola servida de bandeja por João Moutinho e desperdiçada por Cristiano Ronaldo.
Neste momento, só há cabeça para Lyon, para o tiro do Renato, para a estirada do Patrício e para o golo do Quaresma.
Neste momento, o sangue de todos os adeptos fervilha de patriotismo e exulta-se o nome da nação. Com orgulho. Portugal está nas meias-finais. Com sofrimento. Com uma exibição abaixo das expectativas, mas está feito. E foi um Patrício a vingar os Patrícios de 1984, eliminados pela França nas meias-finais do Europeu no mesmo palco onde se disputou este encontro.
A caça ao trauma abriu em Outubro, e um deles já está no “saco”.
Classificação dos jogadores:
Rui Patrício – 7
Cédric – 4
Pepe – 8
José Fonte – 7
Eliseu – 5
William Carvalho – 7
Adrien – 6
João Mário – 5
Renato Sanches – 7
Cristiano Ronaldo – 6
Nani – 6
João Moutinho – 5
Ricardo Quaresma – 6
Danilo – 5
Foto de Capa: UEFA
Artigo revisto por: Manuela Baptista Coelho