Em busca da glória: Os 23 convocados para a Liga das Nações

    Na fase final da Liga das Nações, Portugal volta a entrar em ação. Com quatro equipas apuradas para uma fase final disputada no nosso país, Portugal irá enfrentar a Suíça (5 de junho), enquanto Inglaterra e Holanda (6 de junho) medem forças entre si. A final será dia 9 de junho e será disputada no Estádio do Dragão no Porto.

    Com a aproximação da data limite da convocatória da seleção nacional (próximo dia 23 de maio), é altura de estudar quais os possíveis eleitos de Fernando Santos, para juntar um novo troféu ao de Campeão da Europa.

    Jogando em casa como atuais campeões Europeus, o favoritismo português é claro e evidente e, nem mesmo o duplo empate no arranque da fase de qualificação para o europeu, retira confiança e crédito à nossa seleção.

    Nos próximos parágrafos, irá ser feita uma espécie de antevisão à convocatória, obedecendo o critério do momento atual de forma, características individuais e modelo de jogo de Fernando Santos. Na minha opinião, os 23 apresentados neste artigo iriam permitir uma panóplia de soluções tremenda, com bastante polivalência, talento e experiência.

    Ronaldo já confirmou a sua presença, sendo um “reforço” tremendo no ataque ao título
    Fonte: FPF

    Para a baliza, há o inevitável Rui Patrício. Depois de uma temporada incrível no Wolverhampton WFC, o guarda-redes continua a ser a grande referência das nossas balizas. Para lhe fazer sombra, mantendo um nível de qualidade e segurança caso tenham que entrar no onze inicial, faz sentido chamar Beto e José Sá. O experientíssimo Beto, aos 37 anos, está a realizar outra época assombrosa no Goztepe SK e José Sá ganhou a baliza num dos clubes mais exigentes da Europa, PAE Olympiacos, perfilando-se como o principal substituto a Patrício no futuro.

    Nas laterais, sobretudo na direita, as opções são muitas, no entanto, o critério de desempate foi a temporada global e o momento recente de forma. Sendo assim, para a direita, chamaria Ricardo Pereira, eleito o melhor jogador do Leicester City FC, e João Cancelo, campeão nacional em Itália. Para a esquerda, finalmente, Raphael Guerreiro estabilizou fisicamente no BV Borussia Dortmund, tendo participado em mais de 30 jogos esta temporada, e por isso tem de estar presente nesta fase final, juntamente com Mário Rui, que voltou a estar em evidência no vice-campeão italiano, SSC Napoli.

    Para o eixo defensivo, experiência e juventude. Ferro e Rúben Dias, dupla titular da segunda metade da época no SL Benfica, justificam a convocatória, tal como os experimentadíssimos Pepe, do FC Porto, e José Fonte, que fez uma época soberba no vice-campeão francês, Lille OSC.

    No meio campo, as opções também abundam. Para a posição “6”, convocaria Rúben Neves e Danilo Pereira, que fizeram épocas tremendas nos seus respetivos clubes e até devem ser transferidos no próximo defeso. Para a posição “8”, João Moutinho, a provar que está mais que vivo com esta época, e André Gomes, que está a caminho do Tottenham Hotpsur, depois de uma super temporada no Everton FC, parecem-me ser as melhores opções de momento. Para a posição “10”, temos os dois melhores jogadores da Primeira Liga Portuguesa: Pizzi e Bruno Fernandes. O primeiro, é o jogador com mais assistências nos campeonatos europeus, e o segundo, é o médio mais goleador de sempre na Europa. Faltam adjetivos para estes dois…

    Quaresma é o complemento perfeito ao nosso melhor jogador
    Fonte: FPF

    No ataque, o nosso “monstro”, Cristiano Ronaldo, já confirmou que vai à final four, tornando-nos ainda mais favoritos do que já eramos. Nesta convocatória, também chamaria Bernardo Silva, talvez o segundo melhor jogador português no ativo a seguir a Ronaldo, e Rafa Silva, que fez a melhor época da sua carreira. Os “meninos” Diogo Jota e João Félix justificam, de uma forma absoluta, estarem presentes nesta convocatória, oferecendo inclusive a possibilidade da seleção jogar de várias formas diferentes, e, por fim, mas não último, Ricardo Quaresma. Mais uma época regular no Besiktas JK (ainda este fim de semana marcou um golaço que correu mundo), é um autêntico “abre-latas”, com uma capacidade de resolver jogos, em menos tempo possível, superior a qualquer outro jogador português. Um dos maiores talentos do nosso futebol, que não tem sido devidamente valorizado (que falta fez contra a Sérvia e contra a Ucrânia).

    De fora, na minha opinião, ficariam João Mário, Cláudio Ramos, Tiago Sá, Cédric Soares, Rúben Semedo, Gonçalo Guedes, Dyego Sousa, André Silva, William Carvalho, Bruno Alves, Rony Lopes ou Gelson Martins. Todos equacionados e que podem dar o seu contributo no futuro, mas devido a esta reta final de época e comparando as características dos jogadores, penso que estes 23 iriam ser o lote mais equilibrado e recheado de soluções possível.

    Esta é apenas uma antevisão, um esboço, de uma convocatória que terá sempre imensa qualidade e mais do que argumentos para vencer o título.

    GK: José Sá – Beto – Rui Patrício

    DD: Ricardo Pereira – João Cancelo

    DE: Mário Rui – Raphael Guerreiro

    DC: Pepe – Rúben Dias – Ferro – José Fonte

    MC: Rúben Neves – Pizzi – Bruno Fernandes – Danilo Pereira – João Moutinho – André Gomes

    EXT: Ricardo Quaresma – Bernardo Silva – Rafa Silva

    PL: Cristiano Ronaldo – João Félix – Diogo Jota

    De fora: João Mário – Cláudio Ramos – Tiago Sá – Cédric – Semedo – Guedes – Dyego – André Silva – William – Bruno Alves – Rony – Gelson.

     

    Foto de Capa: Fonte: Selecções de Portugal

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Ruben Brêa Marques
    Ruben Brêa Marqueshttp://www.bolanarede.pt
    O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.