Dali para o Oliveira do Hospital, Tourizense e, aos 20 anos, um jovem adulto Éder chega à Académica. Quatro épocas na Briosa, depois o ‘regresso’ a Braga agora para jogar no clube bracarense, estando reservada a etapa seguinte para o estrangeiro: Lille, com um empréstimo ao Swansea City pelo meio.
Voltemos ao rumo da narrativa central deste artigo, não quero sentir-me muito forte fora dos factos, embora tenha vontade de o fazer. A biografia de Éder queda-se agora mais uma vez na antecâmara do Euro, num ano com uma retrospetiva de três operações para o avançado.
Entrou em jogo aos 84 e aos 83 minutos, respetivamente, dos dois primeiros jogos, frente à Islândia e Áustria, beneficiando do contexto de jogo, designadamente o facto da equipa estar em situação de empate e procurar a vitória, vendo no alto, corpulento e cabeludo dianteiro uma arma dentro da área adversária.
Éder só voltaria a jogar na final. O terceiro jogo da fase de grupos, um 3-3 de se cortar a respiração perante a Hungria não contou com Éder porque nos últimos minutos imperou a contenção para não se deitar tudo a perder. Nos ‘quartos’, mais um jogo com uma marcha de anti-risco, empate 1-1 nos 120 minutos, com estratégias medidas ao palmo até à altura dos penalties, no embate com a Polónia. Já as meias-finais, foram mais tranquilas, uma vitória por 2-0 que já não precisava das características de Éder para levar ao jogo o que o avançado pode acrescentar.
79 minutos, final diante a anfitriã França. Éder entra para o lugar de Renato Sanches. Ronaldo tinha, até aí, protagonizado o momento do jogo, e não havia sido por ter feito mais golos, mas sim por abandonar o jogo por lesão, deixando a braçadeira para Nani e os franceses no Stade de France a esfregar as mãos de contentes.
O jogo precisava de Éder. A França encostava Portugal atrás. Na frente, sem Ronaldo, não tínhamos quem servisse de parede para segurar bolas e fazer a equipa subir. Era a hora! Chegou a tua hora, Portugal!