O que se segue para Portugal? – O meio campo

    Criativo:

    Já não existem números 10, mas existem médios adiantados de construção ofensiva. O chamado “10 moderno”.  Certo que, com o crescimento táctico e estratégico do jogo, a construção do ataque começa bem lá atrás, nas mãos do guarda-redes, mas ainda há espaço para o craque que baixa (algo que um 10 não faria tanto), organiza, levanta a cabeça e coloca (ou não) a bola nas alas ou na frente, fazendo dessa opção um atalho para o golo. Também pode seguir com a bola, rematar de longe ou fintar 3 adversários e oferecer o golo de bandeja. Porque pode. Há capacidade técnica para isso.

    Felizmente, em Portugal, há muitos desses miúdos a emergir. Não sabemos se Fernando Santos vai usar um deles no futuro longíquo ou a breve trecho, mas um médio mais criativo caberia que nem uma luva no sistema de jogo utilizado em França, no Euro 2016. Abrilhantava o futebol e traria rendimento desportivo no aspecto “resultadista”… caso haja a disponibilidade táctica e a noção de sacrifício pelo colectivo que, por norma, estes génios da bola, não possuem.

    Muitos dos nomes acima citados podem assumir este papel, porém, quem encabeça esta lista é Bernardo Silva.  Há muito que se adivinha um futuro brilhante ao jovem do Mónaco, que faz da bola uma amiga para deixar em campo o seu futebol de veludo, encantador. Terá de ganhar objectividade, sim, mas com os treinadores certos (fala-se no Real Madrid como potencial interessado), essa pode ser atingida e Portugal pode ganhar um peso pesado de 64 quilos no que toca à procura por um futebol mais bonito.

    Bernardo Silva assume-se como um dos médios mais criativos da selecção Fonte: Facebook Oficial de Bernardo Silva
    Bernardo Silva assume-se como um dos médios mais criativos da selecção
    Fonte: Facebook Oficial de Bernardo Silva

    Com grande capacidade técnica e capacidade de organizar o futuro ataque da selecção nacional, há outros nomes a ter em conta. Bruno Fernandes é um deles. O médio da Sampdoria está habituado ao rigor táctico da Serie A e seria um reforço interessante para o meio-campo nacional pela cultura que adquiriu em terras transalpinas, que, porém, não lhe desvirtuou a capacidade técnica e o poder de meia distância.

    João Carlos Teixeira e Rony Lopes, tenham eles uma evolução táctica correspondente à capacidade técnica, podem ser soluções futuras, embora haja muito que crescer em ambos os casos.

    Rafa também poderia ocupar esta posição, pela sua qualidade de definição e pela velocidade, sobretudo em jogos em que o contra-ataque fosse a palavra de ordem mas, a jogar com um criativo, Fernando Santos optaria por dois avançados móveis e seria aí que o jogador nascido no Barreiro se inseria melhor.

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    Pedro Machado
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    Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.