📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Brasil 1-1 Panamá: Quem vinha ver um espetáculo, pode pedir o dinheiro de volta

- Advertisement -

A valente assobiadela com que os mais de 35 mil brasileiros brindaram os jogadores logo após o apito final de João Pinheiro é, por si só, bem ilustrativo daquilo que foram os 90 minutos. Para quem se deslocou ao Estádio do Dragão na esperança de testemunhar todos os predicados que, por norma, se aplicam à seleção canarinha, saiu certamente desiludido. Pouca velocidade no primeiro tempo e mais coração que cabeça na segunda parte. Em poucas palavras se resume este particular que, valha a verdade, teve bem mais espetáculo nas bancadas. Aí, o povo brasileiro não ficou aquém e ofereceu o espetáculo que se esperava. Muito barulho, festa e ruído ao máximo. Valeu por isso. Nas quatro linhas, Paquetá abriu as hostilidades para a canarinha, mas a resposta panamense surgiu sem demoras. Ainda que em posição duvidosa, Adolfo Machado fixou aquilo que nunca se esperava ser o resultado final.

Tudo apontava para um Brasil demolidor, pressionante e a dominar todos os momentos do jogo e, de facto, os primeiros minutos atestaram isso mesmo. A seleção do Panamá surgiu muito fechada, a jogar nos últimos 30 metros, com duas linhas de cinco defesas e quatro médios muito próximas. Por vezes, um dos médio dava dois passos em frente para se juntar ao homem mais avançado, Gabriel Torres, e assim importunar de forma um pouco mais efetiva a construção dos homens de Tite.

Por seu lado, o Brasil, armado num 4-2-3-1, com Casemiro e Arthur a formar o duplo pivô a meio campo e Paquetá como meio de ligação entre o setor intermediário e o ataque, ia basculando o seu jogo para um e outro lado, à procura de uma brecha na defensiva do Panamá. Nas alas, Alex Telles, em estreia, sentia o conforto de estar a jogar em casa, e aparecia com frequência em zonas adiantadas, ora a combinar com Coutinho, ora a cruzar para o matador que o Brasil, hoje, não teve. Do outro lado, Richarlison estava bem mais participativo e ia sendo o dínamo que municiava a maior parte dos ataques brasileiros. Tudo, sob escolta de um rapidíssimo Fágner.

Com dificuldades em penetrar na área panamense, foi sobretudo com tentativas de fora da área que os brasileiros colocaram em sentido um inspirado Meíja. Após o duplo aviso de Arthur, lá surgiu o golo, pelos pés de Paquetá – um dos melhores da formação brasileira -, depois de um cruzamento que Casemiro que teve tanto de inesperado como de eficaz.

Lucas foi o autor do golo do Brasil
Fonte: Bola na Rede

Quebrada a resistência da formação da CONCACAF, tudo parecia encaminhado, mas a resposta deixou tudo de boca aberta. Na sequência de um livre, o capitão Adolfo Machado fugiu à marcação da defensiva e, ainda que aparentemente em posição irregular, atirou para o fundo das redes de um desamparado Ederson. No Dragão, os panamenses estavam em clara desvantagem mas a festa do golo, o primeiro da história contra o Brasil, foi festejado como se da final de um Mundial se tratasse.

Visivelmente em choque pela contrariedade sofrida, a reação canarinha não mais se fez sentir até ao momento em que Tite decidiu lançar no jogo Éverton e Gabriel Jesus. Antes, porém, já Rodriguez dava conta de que o golo do Panamá não surgira do nada e, logo para início de conversa no segundo tempo, obrigou Ederson a uma estirada para evitar o escândalo.

A partir daqui sim, os alarmes soaram e Richarlison decidiu arcar a responsabilidade de levar a equipa para cima da defesa do Panamá. Foi de um cruzamento de Fágner que o avançado do Everton atirou à trave, deixando a ideia de que o Brasil voltar a estar por cima do resultado seria uma questão de minutos.

A verdade é que as coisas não foram bem assim e, se Tite mexeu na equipa de forma cirúrgica (só Felipe Anderson foi também a jogo), do lado panamense o objetivo passava também por quebrar, com sucessivas paragens para alterações, o ritmo que o Brasil teimava em aumentar.

Até ao final, nem as investidas de Richarlison, que passou por meia equipa do Panamá antes de Meíja lhe negar o golo, e Casemiro, que cabeceou à trave após um canto, foram suficientes para desmontar uma cada vez mais cerrada defesa do Panamá. Pouco, muito pouco para quem pode e deve mostrar muito mais.

Onzes e substituições:

Panamá – Luís Mejía, Michael Murillo (Cesar, 85′), Adolfo Machado, Cummings, Escobar, Eric Davis, Anibal Goody (Jan Vargas 90′), Arnaldo Cooper (Ernesto, 82′), Alberto Quintero (Omar, 84′), Gabriel Torres (Jose Faiardo, 74′) e José Luiz Rodríguez (Abdiel, 89′)

Brasil – Ederson, Fagner, Éder Militão, Miranda, Alex Telles, Casemiro, Arthur (Felipe Anderson 71′), Lucas Paquetá (Éverton, 60′), Philippe Coutinho, Roberto Firmino (Gabriel, 60′) e Richarlison.

Redação BnR
Redação BnRhttp://www.bolanarede.pt
O Bola na Rede é um órgão de comunicação social desportivo. Foi fundado a 28 de outubro de 2010 e hoje é um dos sites de referência em Portugal.

Subscreve!

Artigos Populares

Jan Vertonghen recorda passagem pelo Benfica e antevê duelo decisivo com o Ajax: «Quem perder está fora»

Jan Vertonghen, que representou Ajax e Benfica, falou sobre o momento complicado dos neerlandeses e recordou os dois anos que passou na Luz, numa fase marcada pela pandemia e por instabilidade desportiva.

Cristiano Ronaldo reage ao apuramento de Portugal para a final do Mundial Sub-17

Cristiano Ronaldo reagiu ao apuramento de Portugal para a final do Mundial Sub-17, depois da vitória contra o Brasil.

Ruben Amorim: «Não estamos lá, nem perto de onde precisamos de estar para lutar pelas primeiras posições nesta liga»

Ruben Amorim falou com os jornalistas depois do encontro entre o Manchester United e o Everton, para a Premier League.

Pisa falha vitória histórica aos 90+5 e Como 1907 arrasa o Torino e sobe ao sexto lugar

A 13.ª jornada da Serie A trouxe golos e um resultado inesperado em Turim. O Pisa ficou a segundos de uma vitória histórica fora de casa, enquanto o Como 1907 aplicou uma goleada ao Torino, saltando para os lugares europeus.

PUB

Mais Artigos Populares

Bruno Varela recorda passagem pelo Benfica: «Senti-me desmoralizado»

Bruno Varela aproveitou a deslocação do Benfica a Amesterdão para recordar os tempos em Lisboa e no Ajax, numa conversa onde falou com nostalgia.

Espanyol vence o Sevilha por 2-1 e sobe ao sexto lugar da La Liga

O Espanyol recebeu e venceu o Sevilha por 2-1, em jogo da 13.ª jornada da La Liga. A equipa catalã continua a surpreender e salta para os lugares europeus.

Derrota do Manchester United provoca fim de marca estabelecida por Roberto Martínez

O Manchester United perdeu frente ao Everton na noite desta segunda-feira por uma bola a zero, para a Premier League.