O favoritismo do Real Madrid prevaleceu na Supertaça Europeia, que somou o seu sexto troféu da prova, perante a Atalanta que se estreou nestes palcos e demonstrou uma boa faceta contra uma das melhores equipas do mundo.
Um duelo que não foi fácil para a turma de Carlo Ancelotti que teve uma primeira parte bastante cinzenta, à semelhança dos italianos. Poucas foram as oportunidades com apenas duas bolas aos postes para cada lado. Uma protagonizada por Marten de Roon e a outra por Rodrygo.
De salientar que houve muitas dificuldades para os madrilenos saírem da, já conhecida, marcação individual da Atalanta de Gasperinni. Nem Mbappé, Vinicius ou Rodrygo conseguiram desenlaçar-se da teia montada pelo treinador italiano.
Em certos momentos sentiu-se a falta de Toni Kroos no meio campo. O alemão dava muitas garantias na ligação entre setores, algo que faltou ao Real Madrid em toda a primeira parte. Valverde e Tchouaméni não têm essa caraterística.
Apenas na segunda parte houve uma alteração visível no Real Madrid que se soltou mais. As individualidades fizeram sobressair o coletivo. Maior movimentação e assertividade culminaram em dois golos. Vinícius Jr., para mim o melhor em campo, espalhou magia e acabou por assistir Fede Valverde com uma excelente jogada individual, Mbappé teve mais bola e os médios blancos arriscaram, o que elevou o jogo da equipa.
O primeiro golo acabou por desbloquear a partida. O Real ficou aliviado e a Atalanta mais pressionada e obrigada a correr riscos. Ao minuto 68 ocorreu o momento desta final com a estreia a marcar de Kylian Mbappé, após uma recuperação de Rodrygo que deu sequência à jogada e consequentemente Bellingham acaba por fazer a assistência para a nova contratação dos blancos.
A primeira impressão deste “novo” Real Madrid foi boa. Fica a curiosidade para perceber como os espanhóis se iram comportar perante adversários que joguem em bloco baixo, no qual não possam movimentar-se com tanta facilidade e seja imposto o ataque posicional. Os nerazzuri, devido à sua forma audaz de jogar, favorecem as características dos merengues.
Para quem tinha dúvidas no encaixe de Mbappé neste conjunto, ficou demonstrado que é uma mais-valia. Fica patente as constantes trocas de posição do francês com Vinícius, como seria de expectar, algo que tem tudo para se aprimorar e ser um martírio para os oponentes. No entanto, é necessário mais testes.
Com este titulo, o Real Madrid continua a somar conquistas internacionais, sendo este o seu 31º e o Luka Modric torna-se o jogador mais vencedor da história do clube com 27 troféus.