Uma estátua ao trabalho de Abel no SE Palmeiras

    Dificuldade em adaptação a um fuso horário diferente e muita fadiga, por conta da temporada atípica, foram alguns dos fatores que fizeram com que o despreparo estivesse à porta do balneário de Abel.

    A inveja de Caim começou a ser latente a partir do que deveria ser a principal oportunidade de acabar com a falta do maior título internacional para o SE Palmeiras. A campanha no Mundial de Clubes foi algo a ser esquecido por parte da torcida palmeirense. O terrível percalço na derrota contra o Tigres-MEX tirou cedo demais as hipóteses de título da equipa brasileira. Como se não bastasse, o SE Palmeiras empatou e perdeu nas penalidades na disputa do 3.° lugar. Desta forma, o SE Palmeiras de Abel realizou a pior campanha de uma equipa brasileira na história do Mundial de Clubes, sem fazer um golo sequer no torneio.

    O Caim estava cada vez mais perto de tomar alguma providência mais concreta sobre Abel. Apesar do título da Copa do Brasil, as sucessivas derrotas em finais contra clubes de menor expressão eo vexame no Mundial de Clubes, somados à queda de desempenho, deixava a morte (demissão) de Abel como algo atingível.

    Voltamos um dia atrás. O SE Palmeiras chegava ao confronto no segundo jogo das meias de final contra o Clube Atlético Mineiro, com total pressão sobre si. As recorrentes eliminações, o desempenho por vezes inconstante e uma primeira ronda completamente dominada pela equipa adversária davam total pressão para uma nova eliminação de Abel.

    Na verdade, o que se viu no mais recente capítulo da saga do técnico português em solo brasileiro foi a resposta de Abel com toda a capacidade e competência que o determinam como um dos melhores da América.

    Com uma apurada tática, envolvendo o esquema da moda, com três defensores, Abel projetou um SE Palmeiras com dois avançados móveis de velocidade para ganhar os embates através da rapidez. As dificuldades aparecem quando o Club Atlético Mineiro saiu na frente e ainda teve a oportunidade de ampliar o resultado. No entanto, a falha do defensor Nathan foi fundamental para que o SE Palmeiras arrancasse o empate em pleno Mineirão.

    Após suportar a pressão do seu irmão Caim, Abel novamente ressurge com uma força que pode novamente fazer história no continente americano caso conquiste o bicampeonato, algo que não ocorre há mais de 20 anos. Através de tropeços, dúvidas, afirmações e momentos de brilhantismo, Abel chega a sua segunda final de Libertadores consecutiva e espera novamente fugir dos planos maléficos do seu irmão, por vezes invejoso, Caim.

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Kayalu Castro da Silva
    Kayalu Castro da Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto incondicional de futebol, Kayalu apaixonou-se pelo desporto no momento em que sentiu pela primeira vez a vibração e paixão das claques. É este sentimento que ele projeta passar ao informar e apresentar tudo que o desporto mais popular do mundo traz. Além disso, os motores da Fórmula 1 e a competitividade do vólei enchem o resto da paixão deste brasileiro.