O Campeonato de Andebol arrancou com novidade no comando técnico do Futebol Clube do Porto. O ciclo de Magnus Andersson enquanto treinador principal dos azuis e brancos terminou e Carlos Resende, um dos grandes jogadores nacionais de sempre na modalidade, regressou ao Dragão.
É verdade que o técnico sueco vinha de uma época menos positiva, comparativamente com as anteriores três. Apesar de assegurar a reconquista do principal título nacional, a equipa entrou com o pé esquerdo na competição ao perder pontos com uma equipa que não os rivais depois de cinco anos sem deslizes.
A seguir ao desaire inaugural contra o Águas Santas, a frustrante campanha na Liga dos Campeões com o último lugar do grupo e a consequente eliminação precoce contrastam com a campanha anterior às portas da Final Four.
Contudo, a equipa portista conquistou o título mais importante e acabou por concretizar o principal objetivo, o título de campeão da I Divisão. Algo que acabou por não ser suficiente para a continuidade do técnico sueco que devolveu o Dragão ao título de campeão na modalidade.
Carlos Resende: O que se viu e o que se pode esperar?
O novo treinador dos dragões tinha já treinado alguns dos jovens talentos que o clube apostava para o futuro próximo. Nas duas épocas ao serviço do Futebol Clube de Gaia, Carlos Resende teve um projeto com características distintas das que está habituado, trocando a luta por títulos pela manutenção. Do outro lado do rio Douro cruzou-se com vários atletas emprestados pelo Dragão. O técnico ficou convencido com três dos andebolistas portistas que os fez regressar esta temporada, Diogo Rêma, Pedro Oliveira e Vasco Costa.
O guarda redes internacional português trouxe ar fresco à baliza do Porto, depois de na última época a dupla Mitrevski/Frandsen mostrar sinais de desgaste e de estar a baixar o nível muito elevado dos últimos anos no último reduto.
A forma de defender também é diferente com um 4×1 que permite aumentar a pressão sem bola sobre os adversários. Contudo, os portistas ficam mais expostos perante o movimento ofensivo de adversários de qualidade superior, como a derrota, no Dragão Arena, frente ao Barcelona (30-38) ou na visita a Montpellier (24-35).
O Porto está a iniciar uma renovação, deveras necessária, mas será que conseguirá ter uma época de sucesso?