A CRÓNICA: DINAMARCA VENCE DERBY DE ØRESUND EQUILIBRADO
Após mais de duas semanas de competição chegamos ao fim do Mundial de Andebol
de 2021. Na final do Mundial do Egipto defrontam-se duas nações que estão ligadas pela Ponte de Øresund, Dinamarca e Suécia. A Dinamarca foi sempre uma das candidatas à vitória e foi demonstrando a sua qualidade ao longo da competição, enquanto a Suécia superou as expectativas iniciais ao chegar a esta final.
A Suécia começou da melhor maneira a partida, marcando o primeiro golo. Tal como esperado, o equilíbrio foi um fator determinante durante a primeira parte. Ambas as equipas só conseguiam distanciar-se por breves momentos, principalmente quando se encontravam em superioridade numérica. A meio do primeiro tempo a Dinamarca conseguiu uma vantagem de dois golos, que foi rapidamente recuperada pela Suécia, que, mesmo tendo mais dificuldades ofensivas, também teve a sua própria vantagem de dois golos nos últimos dez minutos da primeira parte, mas a Dinamarca conseguiu chegar ao empate a 13 golos pouco antes do intervalo.
An impressive final game! 🤯
A close first-period, but we can only have 1️⃣ winner! 🏆#Egypt2021 | #Håndbold | #Handbollslandslaget | #GOSweden | #GODenmark pic.twitter.com/YDJJiLFVZW
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Na segunda parte a tendência manteve-se durante a primeira metade desta, porque a 15 minutos do final da partida tudo mudou. Nesta altura, a Dinamarca fez duas alterações na sua organização que acabaram por ditar o destino do jogo: Jacob Holm entrou para a organização ofensiva, no papel de lateral esquerdo, e mudou a sua organização defensiva para 5×1. Estas mudanças facilitaram o encontro de soluções ofensivas e causaram imensas dificuldades à Suécia que ficou mais de cinco minutos sem marcar. Como é também habitual, surgiu, nesta fase decisiva, Niklas Landin, que fez quatro defesas fulcrais para esta conquista num curto espaço tempo, impedindo a Suécia de se aproximar no seu último esforço. A Dinamarca conseguiu, então, cumprir o seu objetivo e conquistar o Campeonato do Mundo, vencendo a Suécia por 26-24.
Dois anos depois, a Dinamarca conquistou pela segunda vez consecutiva o Campeonato do Mundo. Sempre foi uma das candidatas ao título e conseguiu durante toda a competição exibir-se ao nível requerido, mesmo com a ausência de Mikkel Hansen durante alguns jogos. Já a Suécia entrou nesta competição com poucas expetativas, mas surpreendeu o mundo do Andebol com a sua qualidade de jogo coletivo e conquistou um segundo lugar que deve encher a equipa de orgulho. Em 2023 o Mundial de Andebol estará de volta e esperemos que com a presença de Portugal e de público nas bancadas.
🇩🇰🏆 Best. In. The. World. 🏆🇩🇰@dhf_haandbold | #Håndbold | #GODenmark | #Egypt2021 pic.twitter.com/6Q7shu6dbQ
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A FIGURA
“We expected before the game that it would be our hardest in the tournament” 🔥
2019 IHF World Player of the Year, @Niklas_Landin, talks to us after his win 🆚 Egypt! 🇩🇰#Egypt2021 | #Håndbold | @dhf_haandbold pic.twitter.com/mbGJ0dRqjO
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Niklas Landin – Morte, impostos e Landin. Acredito que seja assim que se pensa na Dinamarca, sendo que o guardião dinamarquês, melhor jogador do Mundo em 2019, foi mais uma vez decisivo nesta enorme conquista, com intervenções brilhantes nos derradeiros momentos da partida.
O FORA DE JOGO
The 27th IHF Men’s World Championship All-star Team 🤩➡️https://t.co/l0qdE13zsg
See their highlights 👉 https://t.co/8o2JuaNonL #Egypt2021 pic.twitter.com/6oH4OWU4rJ— International Handball Federation (@ihf_info) January 31, 2021
Andreas Palicka – Enquanto Landin brilhou, Palicka deixou um pouco a desejar. Não foi um péssimo jogo, mas apenas seis defesas numa final do Mundial não é suficiente para um jogador com a qualidade e com o impacto do guarda-redes sueco.
ANÁLISE TÁTICA – DINAMARCA
Foi uma Dinamarca que não apresentou grandes surpresas durante a maioria da partida, mas a mudança de sistema defensivo acabou por se mostrar decisivo. Num jogo tão equilibrado, as individualidades tornaram-se ainda mais importantes e nesse fator a Dinamarca é e foi superior à Suécia.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Niklas Landin (9)
Magnus Landin (8)
Mikkel Hansen (8)
Marten Olsen (6)
Mathias Gidsel (6)
Lass Svan (6)
Simon Hald (5)
SUPLENTES UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Andres Zachariassen (5)
Magnus Jensen (9)
Kevin Moller (-)
Henrik Jensen (9)
Mensah Larsen (4)
Lasse Andersson (5)
Oris Nielsen (10)
Jacob Holm (8)
ANÁLISE TÁTICA – SUÉCIA
Mais uma grande performance da Suécia, que apenas perdeu o controlo da partida nos momentos finais. Baseando-se na sua enorme capacidade defensiva, a Suécia acabou por demonstrar mais dificuldades nos momentos ofensivos, o que acabou por ser um dos fatores diferenciadores, principalmente nos últimos minutos.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Andreas Palicka (4)
Hampus Wanne (7)
Max Darj (4)
Daniel Pettersson (5)
Jonathan Carlsbogard (4)
Jim Gottfridsson (5)
Lukas Sandell (9)
SUPLENTES UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Mikael Aggefors (5)
Frederic Pettersson (8)
Felix Claar (8)
Lucas Pellas (9)
Albin Lagergen (6)
Valter Chrintz (8)
Mikkel Aggefors (8)
Foto de Capa: IHF