Imperou a lei do mais forte na Dragão Arena. Depois de já ter enfrentado e sido derrotado pelo Sporting CP, o SL Benfica voltou a mostrar estar ainda uns furos abaixo dos dois principais candidatos ao título de campeão nacional de andebol. Ou melhor, para ser mais justo, o FC Porto confirmou estar uns degraus acima das águias. Apesar da chegada de Carlos Resende ao comando técnico, o projeto dos dragões está muito mais consolidado e continua a ser muito difícil derrotar este FC Porto em plena Dragão Arena.
Todavia, o jogo não correu todo de feição aos azuis e brancos, que, não obstante, lideraram o marcador praticamente do início ao fim – o SL Benfica apenas esteve na frente do marcador por uma vez, por 0-1. Mas houve um período do jogo que foi determinante para o triunfo portista: o início da segunda parte. E houve um jogador que foi igualmente determinante para o triunfo portista: Diogo Rêma.
Ao intervalo, registava-se um 18-17 favorável aos dragões. Estava, então, em aberto a possibilidade de haver uma surpresa no reduto dos dragões. Foi aí, no reatar da partida, que o jovem guarda-redes português provou que nem todos os heróis usam capa. Alguns usam equipamento de guarda-redes de andebol. Uma senda de defesas de Rêma, aliadas à eficácia ofensiva dos dragões, permitiu aos homens de Carlos Resende disparar no marcador e gerir com relativo conforto a vantagem até final.
Ainda houve tempo e espaço para um esboço de reação por parte dos encarnados, que chegaram a encostar no marcador e ficar, a certa altura, a apenas um golo dos dragões, mas o primeiro terço da segunda metade da partida revelou-se mesmo decisivo para o desfecho final e para que, com Diogo Rêma em modo parede, imperasse a lei do mais forte como se perspetivava.