A ANTEVISÃO: O SONHO COMANDA A VIDA
O Grupo D é dos grupos mais equilibrados da competição, apesar de não parecer à primeira vista. Imediatamente, o que salta à vista quando se olha para o grupo B é uma campeã do Mundo, da Europa e olímpica onde o andebol é quase um desporto rei – a França – e uma seleção que tem vindo em crescendo nos últimos anos – a Noruega. No entanto, Portugal já provou que é capaz de surpreender (veja-se a vitória frente a esta mesma França por 33-27 no apuramento para o europeu).
A seleção francesa parte como clara favorita. Olhando para o seu plantel, torna-se complicado contar o número de títulos nacionais e internacionais que os seus atletas possuem tanto a nível de clube como de seleção. Terceira classificada no último europeu, les bleus não vencem um europeu desde 2014 e farão tudo para voltar a conquistar a medalha de ouro.
De seguida, a Noruega. Vice-campeã do mundo em 2019 liderada pelo jovem central do PSG Sander Sagosen, a seleção do norte da Europa possui vários jogadores de qualidade que migraram do campeonato nacional para países como a Alemanha e que por isso então habituados a um tipo de andebol mais físico e possante. Com a típica disciplina escandinava, não cometem muitas falhas técnicas e são bastante eficazes.
Portugal aparece neste grupo como o outsider que pode surpreender. A perda de Gilberto Duarte foi um rude golpe nas aspirações portuguesas, mas a seleção de todos nós tem vindo a crescer na última década, em muito graças à saída do jogador português para campeonatos mais competitivos, mas também devido a um aumento no investimento interno que permitiu aos clubes portugueses chegarem longe nas competições europeias – veja-se o caso de FC Porto, Sporting CP e Madeira SAD.
Por fim, a Bósnia. Teoricamente a equipa mais fraca do grupo, tentará surpreender Portugal na tentativa de atingir o terceiro lugar. Extremamente forte fisicamente, os seus resultados dependerão bastante do guarda-redes Benjamin Buric.
JOGADOR A TER EM CONTA – GRUPO D
ALFREDO QUINTANA (PORTUGAL) – Colocando de parte por momentos a objetividade e deixando o nacionalismo tomar conta, o guardião português é um dos melhores guarda-redes do mundo e vai ser determinante caso Portugal queira surpreender tudo e todos e apurar-se para a próxima fase. Tem provado vezes e vezes sem conta nesta edição da Liga dos Campeões que merece dar o salto para outro patamar competitivo e esta competição pode ser a chave.
QUEM DEVE/VAI PASSAR
Tendo em conta as várias opções que possuem, França e Noruega são claramente favoritas e caso tudo corra como é esperado, deverão passar à próxima fase. No entanto, Portugal pode surpreender caso alguma das duas se desleixe.