Nos últimos anos, vários jogadores portugueses têm ido jogar para o estrangeiro, principalmente para França e Espanha, em busca de melhores condições para praticar andebol.
Nunca antes o número de portugueses a jogar no estrangeiro foi tão elevado. Em Portugal, cada vez mais se aposta em estrangeiros, principalmente, no Benfica, Sporting e Porto, mas não é esta a principal razão para o êxodo que se tem verificado.
Os jogadores portugueses procuram melhores salários e condições para a prática da modalidade – em França, no segundo escalão, jogam Ricardo Candeias, Fábio Magalhães, Nuno Roque e Miguel Batista (todos no Chartres), Tiago Pereira (Selestat) ou o jovem Gonçalo Ribeiro (Pontault); em Espanha, no principal escalão, jogam Jorge Silva (Granollers) ou Filipe Mota (Anaitasuna), que se evidenciaram nos seus clubes em Espanha. Estes jogadores conseguem receber salários mais apelativos do que na primeira divisão em Portugal, e jogar num campeonato bastante competitivo.
Como destaques, João Ferraz no primeiro escalão alemão – para muitos o melhor e mais competitivo campeonato do mundo – a jogar pelo Wetzlar, Gilberto Duarte, no Wizla Plock, na Polónia, ou Wilson Davies, no Dunderque, e Welsau Bungue, no Massy, ambos em França. Estes jogadores têm demonstrado prestações superiores à média.
Em compensação, também têm vindo para Portugal jogadores estrangeiros de topo do andebol europeu e com experiência em competições internacionais – Carlos Ruesga transferiu-se do Barcelona para o Sporting; Frankis Carol e Cudic, que também jogam no Sporting, foram campeões asiáticos pelo Qatar; José Carrillo, atual jogador do FC Porto, jogou no Ademar León; Nikola Spelic trocou o Maribor pelo FC Porto.
A modalidade tem crescido nos últimos anos e isso reflete-se na presença de portugueses no estrangeiro e de estrangeiros em Portugal, apesar de ainda existir uma diferença bastante significativa para as principais ligas europeias.
Foto de Capa: HSG Wetzlar