Portugal 25-29 Eslovénia: Fim do sonho português

    A CRÓNICA: PORTUGAL TENTOU, LUTOU, MAS NO FINAL NÃO FOI DISCIPLINADO O SUFICIENTE PARA VENCER A ESLOVÉNIA 

    Com menos dois pontos do que o seu adversário desta tarde, Portugal sabia que iria ter pela frente um “osso duro de roer”. Liderados pelo central Dean Bombac, os eslovenos tinham aspirações legítimas de atingir as meias-finais e queriam confirmar essa legitimidade com uma vitória.

    O encontro começou com o equilíbrio esperado. Portugal e Eslovénia iam trocando lideranças no marcador e o recuperado André Gomes assumia destaque no ataque luso, graças à sua capacidade de impulsão e remate exterior. Três golos do lateral português deram à seleção uma vantagem de dois golos, mas duas falhas técnicas consecutivas (desconcentrações ofensivas que permitiram a Blaz Janc roubar a bola e marcar em contra-ataque), devolveram o empate ao conjunto esloveno.

    Com ambas as equipas extremamente equiparadas, Portugal ia cometendo falhas técnicas que podiam ter-lhe saído caro, não fosse Alfredo Quintana ter realizado mais uma enorme exibição onde fechou a baliza portuguesa. Graças às suas intervenções e a um parcial de 3-0 a fechar o primeiro tempo, Portugal foi para o descanso na frente por 15-14.

    A segunda parte, no entanto, marcou o fim do sonho português de atingir as meias-finais. Um conjunto de exclusões de dois minutos e desatenções ofensivas e defensivas permitiram à Eslovénia saltar para a liderança, e foi nesse momento que a experiência competitiva eslovena falou mais alto.

    Com uma vantagem de três golos ao entrar para os últimos dez minutos do encontro, Portugal tentava jogar o mais depressa possível de forma a conseguir reduzir a desvantagem, mas essa pressa e precipitação lusa levava a más decisões e falhas técnicas que a equipa de Ljubomir Vranjes (e especialmente o lateral-direito Jure Dolenec) aproveitavam para dilatar o marcador.

    O resultado final foi assim uma derrota portuguesa por 24-29, que pôs fim, assim, às aspirações lusas de chegar às meias-finais do Campeonato da Europa.

     

    A FIGURA

    Fonte: FAP

    Alfredo Quintana – A EHF escolheu Jure Dolenec como homem do jogo, mas a escolha deveria ter caído sobre Alfredo Quintana. O guarda-redes da seleção nacional terminou o encontro com 15 defesas e 35% de eficácia defensiva, e foi a grande razão para Portugal se ter mantido na luta pelo resultado até perto do final. Especialmente mortífero aos seis metros, o guardião do FC Porto fechou a baliza, mas não foi suficiente para uma vitória.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: FAP

    Arbitragem – Nunca se deve falar de arbitragem. Tal como os jogadores, são sujeitos a erros e não devem ser vilificados por essa razão. No entanto, o duo de árbitros dinamarqueses demonstrou alguma falta de critério ao longo da partida, nomeadamente no capitulo das exclusões de dois minutos, e por essa razão são o fora-de-jogo. Não são desculpa para a derrota portuguesa, mas é impossível negar que tiveram influência do decorrer da partida.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    Tal como no jogo frente à Islândia, Portugal pecou pelas desconcentrações e falhas técnicas em momentos fulcrais do encontrou. A este nível, onde cada erro é aproveitado pelos adversários, pedia-se mais cabeça fria no momento da decisão, tanto no ataque como na defesa.

    SETE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Alfredo Quintana (8)

    Diogo Branquinho (7)

    André Gomes (8)

    Rui Silva (6)

    João Ferraz (6)

    Pedro Portela (6)

    Luis Frade (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Fábio Vidrago (6)

    Alexandre Cavalcanti (6)

    Fábio Magalhães (7)

    Miguel Martins (7)

    Belone Moreira (6)

    António Areia (7)

    Daymaro Salina (6)

    Alexis Borges (7)

     

    ANÁLISE TÁTICA – ESLOVÉNIA

    Com Dean Bombac e Jure Donelec no sete inicial, a equipa eslovena possuía um misto interessante de velocidade e poder de choque. Com o central Bombac a comandar e a apostar nas penetrações aos seis metros, Jure Dolenec aproveitava os espaços para rematar de fora ou para ele mesmo penetrar em direção à baliza. Contudo, fica a ideia de que era uma equipa ao nível de Portugal.

    SETE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Klemen Ferlin (7)

    Blaz Janc (7)

    Blaz Blagotinsek (6)

    Dean Bombac (7)

    Jure Donelenc (8)

    Igor Zabic (6)

    Borut Mackovsek (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Nik Henigman (6)

    Darko Cingesar (6)

    Mario Sostaric (7)

    Nejc Cehte (7)

    Krisjan Horzen (6)

    Foto de Capa: EHF EURO

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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    Leonardo Costa Bordonhos
    Leonardo Costa Bordonhoshttp://www.bolanarede.pt
    É jornalista desportivo e o andebol e o futebol foram o seu primeiro amor. Com o passar do tempo apaixonou-se também pelo basquetebol e futebol americano, e neste momento já não consegue escolher apenas um                                                                                                                                                 O Leonardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.