A CRÓNICA: DEPOIS DO INTERVALO, A DINAMARCA DITOU AS REGRAS DO JOGO
Na quarta jornada do Grupo B dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Portugal defrontou a seleção campeã mundial de Andebol, a Dinamarca. Os Heróis do Mar já se encontram mais adaptados e isso tem-se evidenciado nas recentes exibições, que têm vindo em crescendo de qualidade, tendo culminado numa vitória frente ao Bahrain e uma grande exibição frente à Suécia, vice-campeã mundial. No entanto, do encontro com a Dinamarca esperava-se um desafio muito maior e difícil de superar.
A seleção dinamarquesa entrou determinada a provar o seu valor, conseguindo um parcial de 1-4 logo nos momentos iniciais da partida. Ambas as equipas apresentaram sistemas defensivos 6×0, mas, por vezes, a equipa portuguesa alterava o seu sistema para uma defesa mais adiantada, 3×3, tentando dificultar a circulação de bola adversária e fazer com que os jogadores dinamarqueses procurassem situações de um para um.
Apesar da melhor entrada em campo da Dinamarca, Portugal conseguiu ir recuperando a desvantagem, mas sem chegar ao empate, numa primeira parte em que os ataques se superiorizaram sem grande dificuldade às defesas adversárias. As dificuldades portuguesas traduziam-se em mais turnovers e menor eficácia, mas, ainda assim, com a ajuda de um bom final de primeira parte de Humberto Gomes, Portugal conseguiu sair para o intervalo a perder apenas por um golo (19-20).
🇵🇹🆚🇩🇰 39 goals in 30 minutes as Denmark take a narrow lead into the break against Portugal, 20:19 🔥#Tokyo2020 #Olympics pic.twitter.com/rpVX5f2Otm
— International Handball Federation (@ihf_info) July 30, 2021
Na segunda parte, a Dinamarca apresentou um nível muito superior em termos defensivos, sofrendo apenas dois golos em 17 minutos. A equipa de Paulo Jorge Pereira não conseguiu replicar essa subida de nível e passou por imensas dificuldades, aumentando o número de turnovers, apesar de apresentar uma eficácia superior no momento da finalização. Assim sendo, a campeã mundial conseguiu construir uma vantagem sólida e que foi gerindo sem grande problema até ao final da partida, que terminou 28-34.
Portugal continua a apenas uma vitória de praticamente garantir o apuramento, mas, hoje, voltou a apresentar grandes dificuldades em conter os ataques adversários e, por momentos, em encontrar soluções no ataque organizado.
🇵🇹🆚🇩🇰 Four from four for Denmark 🔥 The defending champions continue their rampage through #Tokyo2020, as they extend their perfect record with a win over Portugal#Olympics pic.twitter.com/S9fzywj3gC
— International Handball Federation (@ihf_info) July 30, 2021
A FIGURA
From a major championship debutant to world title winner and All-star Team member – 🇩🇰 Mathias Gidsel was one of the biggest revelations at #Egypt2021. To celebrate his 22nd birthday today, enjoy two of his incredible goals. Which is your favourite? 🔥 pic.twitter.com/6AdcKczURr
— International Handball Federation (@ihf_info) February 8, 2021
Mathias Gidsel – Um dos melhores laterais direitos da atualidade voltou a demonstrar o porquê de ser uma das principais armas da Dinamarca e foi uma autêntica dor de cabeça para a defesa portuguesa: sete golos (100% de eficácia), seis assistências, um roubo de bola e apenas um turnover.
O FORA DE JOGO
🎂 Em dia de jogo, qual a melhor prenda que Pedro Portela pode receber?! 💥🇵🇹#heroisdomar #superportugal #seleçãonacionalandebol #portugal #vamoscomtudo #andebol #jogossantacasa #aguamonchique pic.twitter.com/YCmmnk06tn
— Federação de Andebol (@AndebolPortugal) January 6, 2021
Pedro Portela – Um jogo muito complicado para um dos jogadores mais experientes de Portugal e que costuma ser muito consistente. Hoje, não esteve ao seu nível, marcando apenas um golo em quatro oportunidades e tendo ainda sofrido uma exclusão de dois minutos.
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Mais uma vez, as dificuldades defensivas foram determinantes no desenrolar da partida. Paulo Jorge Pereira tentou condicionar a prestação ofensiva da Dinamarca com uma aposta num sistema 3×3 em certos momentos, mas os erros individuais em momentos de 1×1 levaram a que o treinador voltasse para o mais conservador 6×0, que por poucas vezes conseguiu dificultar o trabalho aos talentosos jogadores dinamarqueses.
Em termos ofensivos, durante a primeira parte Portugal conseguiu encontrar diversas soluções, mas, no segundo tempo, a subida de nível defensivo da Dinamarca causou imensas dificuldades à seleção, o que levou a um aumento de turnovers.
7 INICIAL E PONTUAÇÕES
Gustavo Capdeville (5)
André Gomes (4)
António Areia (7)
Alexis Borges (8)
Daymaro Salina (8)
Diogo Branquinho (8)
Gilberto Duarte (6)
SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Pedro Portela (4)
João Ferraz (8)
Miguel Martins (6)
Rui Silva (8)
Humberto Gomes (6)
Luis Frade (8)
Fábio Magalhães (7)
ANÁLISE TÁTICA – DINAMARCA
Mais um jogo em que a Dinamarca demonstrou o porquê de ser a melhor seleção da atualidade, demonstrando durante toda a partida o leque de soluções ofensivas. Ao conseguir melhorar o nível defensivo na segunda parte, a equipa conseguiu construir uma boa vantagem, que permitiu controlar os ritmos do jogo, impedindo que Portugal causasse grandes problemas.
7 INICIAL E PONTUAÇÕES
Niklas Landin (4)
Mikkel Hansen (7)
Mathias Gidsel (10)
Mads Mensah (8)
Magnus Saugstrup (8)
Lasse Svan (9)
Emil Jakobsen (8)
SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Magnus Landin (8)
Kevin Moeller (5)
Henrik Toft Hansen (5)
Jakob Holm (6)
Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos