Portugal 28-34 Dinamarca: Alguém para os dinamarqueses?

    A CRÓNICA: DEPOIS DO INTERVALO, A DINAMARCA DITOU AS REGRAS DO JOGO

    Na quarta jornada do Grupo B dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Portugal defrontou a seleção campeã mundial de Andebol, a Dinamarca. Os Heróis do Mar já se encontram mais adaptados e isso tem-se evidenciado nas recentes exibições, que têm vindo em crescendo de qualidade, tendo culminado numa vitória frente ao Bahrain e uma grande exibição frente à Suécia, vice-campeã mundial. No entanto, do encontro com a Dinamarca esperava-se um desafio muito maior e difícil de superar.

    A seleção dinamarquesa entrou determinada a provar o seu valor, conseguindo um parcial de 1-4 logo nos momentos iniciais da partida. Ambas as equipas apresentaram sistemas defensivos 6×0, mas, por vezes, a equipa portuguesa alterava o seu sistema para uma defesa mais adiantada, 3×3, tentando dificultar a circulação de bola adversária e fazer com que os jogadores dinamarqueses procurassem situações de um para um.

    Apesar da melhor entrada em campo da Dinamarca, Portugal conseguiu ir recuperando a desvantagem, mas sem chegar ao empate, numa primeira parte em que os ataques se superiorizaram sem grande dificuldade às defesas adversárias. As dificuldades portuguesas traduziam-se em mais turnovers e menor eficácia, mas, ainda assim, com a ajuda de um bom final de primeira parte de Humberto Gomes, Portugal conseguiu sair para o intervalo a perder apenas por um golo (19-20).

    Na segunda parte, a Dinamarca apresentou um nível muito superior em termos defensivos, sofrendo apenas dois golos em 17 minutos. A equipa de Paulo Jorge Pereira não conseguiu replicar essa subida de nível e passou por imensas dificuldades, aumentando o número de turnovers, apesar de apresentar uma eficácia superior no momento da finalização. Assim sendo, a campeã mundial conseguiu construir uma vantagem sólida e que foi gerindo sem grande problema até ao final da partida, que terminou 28-34.

    Portugal continua a apenas uma vitória de praticamente garantir o apuramento, mas, hoje, voltou a apresentar grandes dificuldades em conter os ataques adversários e, por momentos, em encontrar soluções no ataque organizado.

    A FIGURA

    Mathias Gidsel – Um dos melhores laterais direitos da atualidade voltou a demonstrar o porquê de ser uma das principais armas da Dinamarca e foi uma autêntica dor de cabeça para a defesa portuguesa: sete golos (100% de eficácia), seis assistências, um roubo de bola e apenas um turnover.

    O FORA DE JOGO

    Pedro Portela – Um jogo muito complicado para um dos jogadores mais experientes de Portugal e que costuma ser muito consistente. Hoje, não esteve ao seu nível, marcando apenas um golo em quatro oportunidades e tendo ainda sofrido uma exclusão de dois minutos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    Mais uma vez, as dificuldades defensivas foram determinantes no desenrolar da partida. Paulo Jorge Pereira tentou condicionar a prestação ofensiva da Dinamarca com uma aposta num sistema 3×3 em certos momentos, mas os erros individuais em momentos de 1×1 levaram a que o treinador voltasse para o mais conservador 6×0, que por poucas vezes conseguiu dificultar o trabalho aos talentosos jogadores dinamarqueses.

    Em termos ofensivos, durante a primeira parte Portugal conseguiu encontrar diversas soluções, mas, no segundo tempo, a subida de nível defensivo da Dinamarca causou imensas dificuldades à seleção, o que levou a um aumento de turnovers.

    7 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Gustavo Capdeville (5)

    André Gomes (4)

    António Areia (7)

    Alexis Borges (8)

    Daymaro Salina (8)

    Diogo Branquinho (8)

    Gilberto Duarte (6)

    SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES

    Pedro Portela (4)

    João Ferraz (8)

    Miguel Martins (6)

    Rui Silva (8)

    Humberto Gomes (6)

    Luis Frade (8)

    Fábio Magalhães (7)

     

    ANÁLISE TÁTICA – DINAMARCA

    Mais um jogo em que a Dinamarca demonstrou o porquê de ser a melhor seleção da atualidade, demonstrando durante toda a partida o leque de soluções ofensivas. Ao conseguir melhorar o nível defensivo na segunda parte, a equipa conseguiu construir uma boa vantagem, que permitiu controlar os ritmos do jogo, impedindo que Portugal causasse grandes problemas.

    7 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Niklas Landin (4)

    Mikkel Hansen (7)

    Mathias Gidsel (10)

    Mads Mensah (8)

    Magnus Saugstrup (8)

    Lasse Svan (9)

    Emil Jakobsen (8)

    SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES

    Magnus Landin (8)

    Kevin Moeller (5)

    Henrik Toft Hansen (5)

    Jakob Holm (6)

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Pedro Palma
    Pedro Palmahttp://www.bolanarede.pt
    Há mais de dez anos a virar frangos nas balizas do Andebol, adepto ferrenho do Benfica e alentejano. O Andebol é com ele.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.