Portugal 30-31 Hungria: O final impróprio e injustiçado

    A CRÓNICA: DOS HERÓIS DO MAR AO (QUASE) CAIR POR TERRA

    Acabaram por ser 60 minutos resumidos em apenas cinco segundos. Portugal entrava neste jogo com a necessidade e a quase obrigatoriedade de vencer, depois de perder o jogo inaugural da fase de grupos do campeonato europeu de andebol frente à Islândia. A Hungria, a poucas horas do início do encontro, começou a fazer contas à vida, depois de saber que não poderia contar com o central 𝗠𝗮𝘁𝘆𝗮𝘀 𝗚𝘆𝗼̈𝗿𝗶 por estar infetado com COVID-19.

    Levantaram-se os nervos na bancada, com Portugal a defrontar a seleção anfitriã da competição e a conseguir três golos sem resposta, logo a abrir. A criatividade e rapidez que os heróis do mar necessitavam para defrontar a Hungria apareceram logo, enquanto os húngaros pareciam algo desconcentrados, com muitas bolas perdidas e, mais uma vez, a muralha Gustavo Capdeville.

    Com os comandados de Paulo Jorge Pereira a tentarem assumir o jogo e a levar o resultado para a frente, a Hungria conseguiu sobrepor-se já para lá da marca dos 15 minutos. O jogo começou a partir. Equilibrado entre ambas as formações, nenhuma queria sair com o título de vencida.

    Ao intervalo, lia-se um 15-14 favorável à seleção portuguesa e esperança em prosseguir na competição a dependerem apenas deles próprios seguia, na prática, intacta.

    A segunda parte demonstrou aquilo que foi jogado ao longo da primeira. As duas equipas queriam vencer, mesmo contra todas as adversidades que foram enfrentado ao longo da preparação e mesmo já durante o decorrer do torneio, com lesões e casos de COVID-19.

    A Hungria ligou-se à corrente e, a dez minutos do final, conseguiu uma vantagem de três golos sobre Portugal, algo que raramente aconteceu no encontro, dado as equipas estarem tão niveladas. Mas, rapidamente, a seleção portuguesa voltou ao jogo e empatou o resultado.

    WOW. Just WOW. @AndebolPortugal 🇵🇹 & @MKSZhandball 🇭🇺 deliver a thriller in Budapest.#ehfeuro2022 #watchgamesseemore pic.twitter.com/bChp0kNHtK

    — EHF EURO (@EHFEURO) January 16, 2022

    E, como se começou a escrever este rescaldo é como se o termina. Os 60 minutos foram resumidos em cinco segundos. Depois de uma pausa técnica requisitado pelo selecionador húngaro a segundos do final, Dominik Mathe acabou por matar as esperanças portuguesas com um remate portentoso para o fundo das redes da baliza de Capdeville. Foi a machadada final nas esperanças de uma qualificação sem depender de algúem.

    Portugal saiu derrotada do encontro com a Hungria por 30-31 e fica, assim, dependente da almejada vitória da Islândia frente aos Países Baixos, sendo obrigada a vencer os neerlandeses no jogo final da fase de grupos.

     

    A FIGURA

    Dominik Mathé 🤩
    Toppscorer with 8 goals against Portugal and the matchwinning goal in last attack!
    What a player😍 pic.twitter.com/PGrI7BHwWF

    — ElverumHandball (@ElverumHandball) January 16, 2022

    Dominik Mathe – Foi a figura máxima da seleção da Hungria e do jogo. Com oito golos marcados (e uma exibição fantástica), foi o último destes que marcou totalmente o encontro e decidiu o que havia por decidir.

     

    O FORA DE JOGO

    🎂 Hoje é dia de aniversário do nosso Viti!! 🎉

    Parabéns Victor Iturriza 🇵🇹 #letsgovamos #heroisdomar #superportugal #seleçãonacionalandebol #portugal #vamoscomtudo #andebol #jogossantacasa #lidlportugal #aguamonchique pic.twitter.com/vwKoZb31BL

    — Federação de Andebol (@AndebolPortugal) May 22, 2021

    Victor Iturriza – Foi um dia “não” para o pivot. Iturriza não esteve nos seus melhores dias, apesar de ter tentado fazer de tudo para melhorar. Faltou Iturriza a Iturriza, a quem, certamente, rapidamente se levantará e voltará a ter dos seus dias contra os Países Baixos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

    A nível defensivo, Portugal optou por uma defesa bastante aberta, com os jogadores a conseguir tirar proveito da sua estatura perante os húngaros.

    Nos momentos ofensivos, os ataques rápidos, com grande capacidade de penetração defensivo foram consolidados pela seleção com o passar dos minutos.

     

    FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES

    Gustavo Capdeville (7)

    Manuel Gaspar (5)

    Gilberto Duarte (6)

    Victor Iturriza (5)

    Miguel Martins (7)

    Angel Hernandez (5)

    Rui Silva (7)

    Daymaro Salina (7)

    Tiago Rocha (5)

    Diogo Branquinho (65

    Alexandre Cavalcanti (6)

    António Areia (7)

    Miguel Alves (6)

    Leonel Fernandes (7)

    Salvador Salvador (5)

    Fábio Magalhães (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – HUNGRIA

    Os ataques temporizados e “estudados” foram uma mais-valia para a seleção da Hungria, conseguindo encontrar algumas falhas na defesa portuguesa. No que toca aos momentos defensivos, a pressão homem a homem dificultou a tarefa aos portugueses.

     

    FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES

    Roland Mikler (7)

    Adrian Sipos (5)

    Petar Topic (5)

    Bendeguz Boka (6)

    Patrik Ligetvari (5)

    Marton Szekely (5)

    Miklos Rosta (6)

    Dominik Mathe (8)

    Pedro Rodriguez Alvarez (6)

    Bence Banhidi (5)

    Bendeguz Bujdoso (5)

    Zoltan Szita (7)

    Gabor Ancsin (6)

    Richard Bodo (6)

    Mate Lekai (7)

    Egon Hanusz (5)

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.