A CRÓNICA: MURALHA CAPDEVILLE NÃO CHEGOU
Foi a entrada de Portugal no campeonato europeu de Andebol e teve pela frente a seleção da Islândia, prevendo-se um desafio interessante como o primeiro na competição. O que fica, também, na memória, é que a seleção portuguesa teve a preparação afetada por lesões e casos positivos à COVID-19 nos convocados.
O jogo começou com uma grande pressão ofensiva por parte dos “heróis do mar”, mas também uma grande agressividade defensiva dos islandeses (o que ficou demonstrado com a exclusão por dois minutos de Elvar Jonsson, logo ao mesmo minuto da partida).
Enquanto Rui Silva era o cérebro do jogo de Portugal, Gustavo Capdeville era o tronco que mantinha firme e hirta a exibição do coletivo com defesa atrás de defesa. Faltava a concretização dos “golos dados” falhados, ponto onde a Islândia pouco errava.
Portugal começou a acusar alguma pressão, com bastantes perdas de bola. O que “safava” os heróis do mar era o “sufoco” defensivo islandês que abria brechas nos espaços e permitia concretizar. Mas a primeira parte ficou marcada por uma grande carga agressiva, exclusões e uma muralha que fez de tudo o que podia na baliza portuguesa. Na entrada para o intervalo, a Islândia vencia Portugal por 14-10.
⏱️35′: 🇵🇹Portugal 13-16 Islândia 🇮🇸
GUSTAVO CAPDEVILLE! Nova defesa do nosso guardião que dá origem ao golo de Diogo Branquinho da ponta esquerda!
Vamos, Portugal! pic.twitter.com/Glsr477N3h
— Federação de Andebol (@AndebolPortugal) January 14, 2022
Frente a todas as adversidades, Portugal foi mostrando ao longo do encontro que tinha ido para lutar e para vencer. Os jogadores jogaram no limite do esforço, mas, também, nos limites das linhas delimitadoras do terreno de jogo, o que comprometeu bastantes jogadas de perigo.
Os comandados de Paulo Jorge Pereira foram perdendo o controlo do jogo, com a Islândia a aproveitar cada desatenção portuguesa em seu proveito. A vantagem ia dilatando, com Portugal a correr atrás do prejuízo, mas já pouco mais dava para fazer. Num lance, o jogo poderia passar para o 20-23 e, num piscar de olhos, o marcador já se encontrava num 19-25.
Foi, praticamente, neste ponto do jogo que a expectativa e ambição pela vitória “morreu”, porque já era limitado o tempo restante e grande a dilatação no resultado. No final, Portugal acabou vencido pela Islândia, por 24-28.
A esperança reside no jogo frente à Hungria, o próximo desta fase de grupos do campeonato europeu.
A FIGURA
The 26-year-old Icelandic national player and right wing of the Polish champions Łomza Vive Kielce, Sigvaldi Gudjonsson, has extended his contract for another year to the summer of 2022.
📸: @kielcehandball #handball pic.twitter.com/0ZqeLOjRVH— Handballtransfers (@Hballtransfers) December 9, 2020
Sigvaldi Bjorn Gudjonsson – Deu uma masterclass sobre como atacar no Andebol e fez toda a diferença na equipa da Islândia.
O FORA DE JOGO
Andebol: Portugal perde por 24×28 com a Islândia na estreia no Euro 2022. pic.twitter.com/JBF84W8YYE
— Cabine Desportiva (@CabineSport) January 14, 2022
Perdas de bola de Portugal – Foi um dos grandes fatores que fizeram custar o jogo a Portugal. Com muitos erros cometidos, a quantidade de perdas de bola fizeram com que a seleção acabasse por perder o controlo do jogo.
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Com um destro a lateral direito, a solução habitual da seleção permitiu criar mais desequilíbrio nesse lado do terreno de jogo. O central Rui Silva foi o verdadeiro “cérebro” da equipa, sendo o construtor ofensivo.
A nível defensivo, Portugal optou por uma defesa bastante aberta, com os jogadores a conseguir tirar proveito da sua estatura perante os islandeses.
FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES
Gustavo Capdeville (7)
Manuel Gaspar (6)
Rui Silva (7)
Victor Iturriza (7)
Alexandre Cavalcanti (6)
António Areia (6)
Fábio Magalhães (6)
Diogo Branquinho (6)
Gilberto Duarte (5)
Daymaro Salina (6)
Angel Hernandez (5)
Tiago Rocha (6)
Salvador Salvador (5)
Miguel Martins (6)
Miguel Alves (6)
Leonel Fernandes (7)
ANÁLISE TÁTICA – ISLÂNDIA
A Islândia começou o encontro com uma grande agressividade a nível defensivo, pressionando bastante na defesa individual, não deixando grande margem de manobra ofensiva a Portugal.
Os ataques temporizados e “estudados” foram uma mais-valia para os islandeses, conseguindo encontrar algumas falhas na defesa portuguesa.
FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES
Bjorgvin Pall Gustavsson (7)
Janus Dadi Smarason (6)
Omar Ingi Magnusson (7)
Elvar Jonsson (6)
Aron Palmarsson (7)
Viggo Kristjansson (6)
Bjarki Mar Elisson (7)
Gisli Thorgeir Kristjansson (7)
Arnar Freyer Arnarsson (5)
Ymir Gislason (6)
Olafur Gudmundsson (6)
Viktor Hallgrimsson (6)
Ellidi Vidarsson (6)
Sigvaldi Born Gudjonsson (9)
Kristjan Orn Krisjanssen (5)
Orri Frey Thorkelsson (5)
Artigo revisto por Joana Mendes