SG Flensburg 36-29 FC Porto: Jogar 45 minutos não chega

    A CRÓNICA: FC PORTO ARRISCOU, MAS NÃO PETISCOU

    Na terceira jornada da EHF Champions League, o FC Porto deslocou-se até à Alemanha para defrontar o SG Flensburg. De recordar que a última deslocação dos “azuis e brancos” resultou numa vitória histórica frente ao THW Kiel. Este seria certamente um dos jogos mais difíceis da equipa portuguesa nesta competição.

    A equipa de Magnus Andersson entrou melhor na partida com um grande golo de Djibril Mbengue na primeira jogada. Apesar do início equilibrado de partida, aos onze minutos, altura em que Magnus Andersson pede time-out, o Flensburg tem três golos de vantagem (7-4). O FC Porto ainda conseguiu chegar ao empate a meio do primeiro tempo, mas deixou a equipa da casa voltar a fugir no marcador, chegando a ter quatro golos de desvantagem (14-10) a pouco mais de cinco minutos do fim. No entanto, até ao intervalo o FC Porto, liderado por Miguel Martins e Ivan Sliskovic, fez um parcial de 1-5 e conseguiu chegar ao intervalo empatado a quinze.

    O segundo tempo começou como o primeiro, com grande equilíbrio no jogo e empates sucessivos no marcador, mas o equilíbrio apenas durou até meio da segunda parte, altura em que os ex-campeões europeus conseguiram afastar-se do FC Porto e começar a construir uma vantagem considerável.

    Os “dragões” não tiveram capacidade para segurar a qualidade ofensiva do Flensburg, nem as armas para finalizar do outro lado. Não é habitual referir isto nos meus rescaldos, mas nos últimos quinze minutos da partida os árbitros da partida tomaram algumas decisões questionáveis que acabaram por “manchar” a boa exibição que vinham a fazer e a prejudicar as aspirações da equipa portuguesa.

    No entanto, não é justificação para a fraca performance do FC Porto na parte final da partida. O resultado (36-29) acaba por ser “exagerado” em relação ao que se passou na partida, mas a verdade é que o FC Porto apenas esteve no jogo por 45 minutos.

    A FIGURA

    Fonte: SG Flensburg

    Kjaer Moller (n.º 64) – Oito golos e quatro assistências para o jovem lateral esquerdo dinamarquês que causou imensas dificuldades à defensiva azul e branca e foi a principal arma apontada à baliza do FC Porto.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: FC Porto Sports

    Magnus Andersson – O FC Porto ainda está muito longe do nível da época passada. A ausência de Rui Silva e a má forma de Quintana explicam um pouco das dificuldades recentes, mas também é verdade que o Flensburg teve imensas facilidades em termos ofensivos e o treinador alemão pouco ou nada mudou para tentar parar esse ímpeto. Quando o fez, já era tarde de mais.

    ANÁLISE TÁTICA SG FLENSBURG

    Uma equipa séria e experiente, com uma defesa sólida, guarda-redes de grande qualidade e com um ataque muito eficaz (77%).  Todas estas características fazem desta equipa uma das melhores do momento e explicam o primeiro lugar do grupo com três vitórias em outros tantos jogos.

    SETE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Benjamin Buric (7)

    Lasse Svan (8)

    Jensen Hald (6)

    Abelvik Rod (8)

    Domen Sikosek (8)

    Jim Gottfridsson (6)

    Magnus Joendal (8) 

    SUPLENTES UTILIZADOS E PONTUAÇÕES

    Hampus Wanne (8)

    Marius Steinhauser (6)

    Mads Mensah (5)

    Magnus Holpert (6)

    Torbjoern Bergerud (6)

    Franz Semper (8)

    Domen Sikosek (8)

    Kjaer Moller (9)

     

    ANÁLISE TÁTICA FC PORTO

    Apesar da boa prestação da primeira linha nesta partida, o 7×6 não trouxe qualquer efeito prático na partida. 27 golos num jogo deste nível é um fator positivo. Preocupante são a eficácia (59%) e a incapacidade defensiva de se superar à ofensiva adversária. Victor Iturriza e Daymaro Salina cedo se viram com duas exclusões e desde esse momento o FC Porto não conseguiu praticamente criar dificuldades às iniciativas adversárias. Magnus Andersson ainda tentou colocar Sliskovic a defender no meio, mas sem efeito. Fica para explicar a não utilização de Spath dadas as circunstâncias. A verdade é que o nível desta defesa está muito longe do nível conseguido com a dupla Salina e Alexis Borges.

    SETE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Alfredo Quintana (5)

    António Areia (5)

    Djibril Mbengue (6)

    Miguel Martins (7)

    Diogo Branquinho (5)

    André Gomes (5)

    Victor Iturriza (5)

    SUPLENTES UTILIZADOS E PONTUAÇÕES

    Daymaro Salina (7)

    Nikola Mitrevski (5)

    Ivan Sliskovic (7)

    Diogo Silva (5)

    Leonel Fernandes (8)

    Miguel Alves (8)

    Martim Costa (7)

    Fábio Magalhães (6)

    Foto de Capa: EHF Champions League

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    Pedro Palma
    Pedro Palmahttp://www.bolanarede.pt
    Há mais de dez anos a virar frangos nas balizas do Andebol, adepto ferrenho do Benfica e alentejano. O Andebol é com ele.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.