A CRÓNICA: AGORA É VENCER A FRANÇA
Portugal e a Suíça encontraram-se na segunda jornada do Main Round com objetivos diferentes. Portugal procurava a primeira vitória neste grupo, sendo que este era um jogo decisivo para a equipa manter viva a esperança de se qualificar para os Quartos de Final. Já a Suíça procurava a segunda vitória nesta fase e continuar a boa prestação neste Mundial. De relembrar que a Suíça não estava qualificada para a competição, tendo sido convidada para o lugar deixado pelos EUA, que teve de abandonar a competição mesmo antes desta começar devido aos casos de covid-19 na equipa.
Os “Heróis do Mar” entraram a vencer por 0-2 nesta partida decisiva, mas pouco depois dos cinco minutos a Suíça conseguiu empatar a partida a três golos, numa altura em que Portugal estava com dificuldades ofensivas (quatro minutos sem marcar golo). Andy Schmid, a principal arma da Suíça, causou imensas dificuldades à organização defensiva portuguesa, conquistando e marcando vários livres de sete metros. Muitos dos golos da Suíça surgiam dessa forma e também da ligação com o pivot, que Portugal teve, mais uma vez, grandes dificuldades em defender.
Por outro lado, a organização ofensiva portuguesa também “viveu” muito da ligação entre o central Miguel Martins e do pivot Victor Iturriza. Nenhuma das equipas conseguia impedir os ataques adversários e aos quinze minutos o resultado era 9-9. No entanto, a dez minutos do final do primeiro tempo os comandados de Paulo Pereira conseguiram recuperar a vantagem de dois golos, a qual ainda conseguiram aumentar para três, mas nos últimos minutos a Suíça apostou no 7×6 e conseguiu reduzir a diferença para dois golos. O resultado ao intervalo era 15-17.
A segunda parte começou com o mesmo ritmo da primeira e Portugal conseguiu logo no recomeço da partida aumentar a vantagem para quatro golos. Durante toda a segunda parte a Suíça jogou com o 7×6, tendo, por algumas vezes, reduzido a vantagem para apenas um golo, mas Portugal manteve-se sempre concentrado na partida e nunca perdeu o controlo da mesma, conseguindo ainda descansar alguns jogadores importantes como o André Gomes, Miguel Martins e Alfredo Quintana. O jogo terminou com uma importante vitória de Portugal, com o resultado a ser 29-33.
Este resultado coloca Portugal a uma vitória dos Quartos de Final. A próxima e última jornada é com a poderosa França no domingo, dia 24, às 19:30. De relembrar que Portugal venceu as últimas duas partidas contra a França. Esperemos, então, que não haja duas sem três.
🇨🇭🆚🇵🇹 Portugal earn their first points in the #Egypt2021 main round as they defeat Switzerland. Schmid is the top scorer with 11 goals 🙌 pic.twitter.com/zc0osChKmg
— International Handball Federation (@ihf_info) January 22, 2021
A FIGURA
🇵🇹 As figuras do encontro frente à Noruega. ➡️
👉 MVP – Humberto Gomes
👉 Top Scorer – Miguel Martins / Pedro Portela@Egypt2021EN #letsgovamos #heroisdomar #superportugal #egypt2021 #ihfworldchampionship #seleçãonacionalandebol #portugal #vamoscomtudo #andebol pic.twitter.com/wIHay54psL— Federação de Andebol (@AndebolPortugal) January 20, 2021
Miguel Martins – Jogou pouco mais de quinze minutos, mas o seu impacto durante esse período foi brutal. Marcou três golos (100% eficácia) e assistiu outros seis, numa altura em que Portugal não conseguia controlar a dinâmica ofensiva adversária, sendo que todos os ataques foram decisivos.
O FORA DE JOGO
Led by Nikola Portner’s 13 saves, Switzerland 🇨🇭 get two important main round points! Recap 👉 https://t.co/tRT8blExLf pic.twitter.com/qputioKMyC
— International Handball Federation (@ihf_info) January 20, 2021
Nikola Portner – O que é, para muitos, a segunda figura da Suíça, defendeu apenas sete remates (21% de eficácia) e esteve longe do nível que a sua equipa precisava.
ANÁLISE TÁTICA – SUÍÇA
Uma equipa comandada em termos ofensivos por Andy Schimd, que esteve em grande forma. A Suíça procurou encurtar a distância através de 7×6 e conseguiu sempre encontrar soluções para finalizar as suas jogadas. Em termos defensivos, não conseguiu parar a organização ofensiva portuguesa e isso impediu a equipa de passar para a frente do marcador.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Nikola Portner (5)
Andy Schmid (9)
Cedrie Tynowski (5)
Alen Milosevic (9)
Michal Svajlen (4)
Samuel Rothlisberger (8)
Lenny Rubin (7)
SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Marvin Lier (8)
Roman Sidorowicz (6)
Nicolas Raemy (8)
Jonas Schelker (4)
Nik Tominek (-)
Maximilian Gerbl (-)
Samuel Zehnder (6)
Aurel Bringolf (-)
Philiip Novak (-)
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Mais um jogo em que Portugal teve imensa dificuldades em controlar o pivot adversário, o que culminou em vários livres de sete metros e algumas exclusões. A organização defensiva não conseguiu, também, controlar o 7×6 suíço e isso tornou o jogo um pouco menos tranquilo. Em termos ofensivos, este foi uma das melhores partidas a este nível, com 33 golos, e sem necessidade de recorrer ao 7×6, conseguindo sempre encontrar soluções para finalizar.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Alfredo Quintana (4)
Diogo Branquinho (9)
André Gomes (7)
Miguel Martins (10)
Fábio Magalhães (8)
António Areia (8)
Daymaro Salina (9)
SUBS UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Humberto Gomes (6)
Alexandre Cavalcanti (-)
Rui Silva (9)
João Ferraz (8)
Belone Moreira (6)
Pedro Portela (5)
Alexis Borges (6)
Victor Iturriza (7)
Gilberto Duarte (6)