Um passo de cada vez

    O andebol em Portugal tem vindo a crescer a passos largos. Este crescimento pode não ser imediatamente percetível, quando comparado com o futebol, por exemplo, mas a verdade é que o andebol é um dos desportos mais praticados no território luso.

    O resultado está espelhado no ranking da EHF e em mais uma subida de posição (pelo segundo ano consecutivo) de Portugal, no setor masculino, que mantém assim as quatro equipas em provas europeias, na época 2019/2020. De nono para oitavo, o país vai enraizando a modalidade na população que conta com mais de 50 mil praticantes federados – para se ter uma pequena ideia do crescimento, em 2000, o andebol em Portugal contava com cerca de 20 mil atletas. A França lidera a lista depois de uma época em que teve três equipas presentes nas meias finais da Liga dos Campeões.

    Os grandes investimentos de Benfica, Porto e Sporting para disputarem o campeonato trouxeram para Portugal alguns nomes do andebol mundial. Carlos Ruesga, ex-Barcelona, Tiago Rocha, que esteve três anos ao serviço do Wisla Plock, ou Nikola Spelíc, antigo jogador do Maribor, são alguns dos exemplos que têm transportado o nível da disputa do título nacional para outro patamar.

    Portugal, no palmarés, contabiliza três Challenge Cups – duas do Sporting e uma do ABC
    Fonte: ABC de Braga

    Contudo, a estrutura que sustenta o andebol continua a ser frágil – poucas transmissões televisivas dos jogos (reservadas aos clássicos nacionais da modalidade), falta de apoios para melhorar as condições da prática de andebol e a pouca divulgação em algum do território nacional. Os indicadores são bons, mas é preciso continuar a trabalhar no caminho certo para que Portugal se afirme no contexto europeu.

    Quanto ao setor feminino, Portugal desceu no ranking da EHF em relação ao ano passado. Ocupa agora a posição 25 da lista mas mantém o mesmo número de equipas nas competições internacionais – uma equipa na EHF Cup e três na Challenge Cup. A Hungria lidera a tabela à frente da Roménia, em segundo, e da Rússia, em terceiro.

    Foto de Capa: Andebol SCP

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    Francisco Reis
    Francisco Reishttp://www.bolanarede.pt
    Jogou andebol durante sete anos em camadas jovens, no Passos Manuel e no Boa Hora. Experiência na modalidade não falta. Agora estuda jornalismo e quer continuar a acompanhar o desporto que praticou durante boa parte da vida.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.