Diamond League – Athletissima (Meeting de Lausanne)
O que não pode perder:
200 Metros Masculino
Os americanos andam loucos com esta prova e têm mais do que razões para tal. Noah Lyles é o fenómeno da velocidade no momento e domina os rankings dos 100 e dos 200 metros. Nos 200, correu em Eugene em 19.69 (+2.0) no mês de Maio. Desde aí nunca mais correu esta distância, tendo andado a dedicar-se a baixar as suas marcas nos 100 metros. O que esperar de Lausanne? Ninguém sabe, mas pela frente terá outros dois jovens prodígios norte-americanos. O primeiro que falamos é Rai Benjamin, que é especialista dos 400 metros barreiras, fará 21 anos apenas este mês, mas já correu o 3º tempo de 400 barreiras mais rápido de sempre e, na estreia como profissional na semana passada, correu em Paris os 200 metros abaixo dos 20 segundos (19.99)!
No entanto, o grande rival de Lyles e o duelo que todos querem ver é com Michael Norman! Norman tem-se dedicado nos últimos tempos mais aos 400 metros, onde é o líder mundial (em 43.61) e detém o recorde mundial Indoor (44.52), mas foi nos 200 metros que se sagrou campeão mundial júnior em 2016. Regressou aos 200 metros na prova de Paris da semana passada e correu em 19.84 (-0.6), mostrando claramente que se sente na praia ao correr a distância. Um embate de luxo, apimentado pela presença de outro norte-americano que já correu abaixo dos 20 segundos este ano, Isiah Young.
110 Barreiras Masculino
Sergey Shubenkov está a todo o gás e ocupa a liderança mundial, depois de ter corrido em 12.92 segundos na Húngria. Foi o melhor tempo de sempre de um atleta russo nos 110 metros com barreiras, é recorde nacional, embora a IAAF considere a marca como…independente. Shubenkov que foi campeão em 2015 em 12.98 (+0.1), apenas baixou dos 13 segundos por 3 vezes na sua carreira e duas foram em 2018. Pela frente terá Omar McLeod, aquele que tem sido o claro dominador da disciplina nos últimos anos. Foi campeão mundial de pista coberta (2016), campeão olímpico (2016) e campeão mundial (2017) e por isso continua a ser a grande figura do evento. Possui um recorde pessoal de 12.90 (+0.7), mas este ano ainda não baixou dos 13 segundos. Acredita-se que se os dois estiverem num dia perfeito e se derem tudo até ao final, poderemos ter aqui um tempo a entrar na casa dos 12.8! E falando de 12.8, em pista estará o recordista mundial, Aries Merritt. Nesse dia em 2012, Merritt correu em 12.80, num enorme recorde que está difícil de ser aproximado. O norte-americano parece longe desses tempos, mas estar em pista (e a este nível) já é uma vitória, tendo em conta as batalhas que enfrentou.
Triplo Salto Masculino
Uma prova de cara/coroa, em que é praticamente impossível prever o vencedor. Christian Taylor é duplamente campeão olímpico e triplamente campeão mundial. É a grande figura da disciplina e é há muito apontado como o atleta que pode ser capaz de bater o recorde mundial. Já andou lá perto, anda um pouco mais longe, ainda assim o seu melhor da temporada em 17.81 metros (+0.6) impõe respeito, ainda mais se tivermos em conta que a sua preparação não tem sido exclusivamente dedicada ao Triplo (tem também feito 400 metros!). No entanto, Taylor já perdeu esta época e foi mesmo no dia em que fez os 17.81.
Perdeu para Pedro Pablo Pichardo, o atleta agora português que saltou nesse dia em Doha 17.95 metros, marca com que lidera o ranking mundial. Pichardo não tem saltado muito, é verdade, mas neste regresso mais de um mês depois à competição deverá trazer algo na manga para voltar a derrotar Taylor e mostrar que os seus problemas passados… no passado ficaram! Em provas estarão também outros dois norte-americanos, Chris Benard e Donald Scott, e o líder europeu do ano, Alexis Copello.
400 Metros Barreiras Masculino
Aqui há pouco a dizer. Por demais temos falado desta prova, que continua a surpreender tudo e todos e a apresentar um nível do melhor que o mundo já viu. Em menos de um mês, assistimos à segunda e terceira melhor marca da história e o autor da segunda, líder mundial da distância, é Abderrahman Samba. O atleta do Qatar tem dominado o circuito por completo e em Paris tornou-se no segundo atleta da história a descer dos 47 segundos! Partirá na lane 5, pronto para mais um grande resultado, ensanduichado (esta palavra escrita parece estranha, mas parece que é assim) entre dois atletas em grande forma também: Karsten Warholm que é o campeão mundial da distância e que este ano já bateu o recorde norueguês e o sub-23 europeu (47.81) e Kyron McMaster que em Paris há poucos dias correu em 47.54!