Estranho é também vermos o Quénia com apenas 4 Ouros, sendo que um deles – nos 800 masculinos – nem sequer estava nos planos. A nação até trouxe uma equipa bastante competente, no geral, aos campeonatos, mas acabou por realizar um evento abaixo das suas expectativas. Na Maratona – aqui também explicado por ser época de Majors – nenhum queniano ou queniana fez parte do pódio – histórico! – e nos 10.000 metros os quenianos perderam o Ouro no masculino e no feminino para o Uganda. Uganda aliás que venceu 3 dos 4 Ouros na longa distância (5.000 e 10.000 no masculino e feminino), com Joshua Cheptegei a vencer as duas provas no masculino!
Feito único do país africano que cada vez mais se vai afirmando como uma potência na longa distância do Atletismo – facto que não é surpreendente dado possuir características naturais semelhantes aos dos seus vizinhos do continente africano.
Outros grandes nomes do nosso desporto brilharam e não desiludiram. Shaunae Miller-Uibo voltou a provar que se sente à vontade nos 200 metros e venceu, com recorde dos campeonatos, um fortíssimo elenco que incluía a campeã olímpica Elaine Thompson. Nos 100, foi Michelle Lee-Ahye que conquistou a (merecida) primeira medalha de Ouro da história de Trinidad e Tobago na prova e nos 400, vimos uma Amantle Montsho (BOT) a conquistar mais um Ouro aos 34 anos. Prova que no masculino, também foi dominada pelo Botswana, com a vitória de Isaac Makwala em 44.35.
Nos 200 metros, foi Jereem Richards (TTO) a conquistar o Ouro, depois do Bronze nos Mundiais, em 20.12 e nos 100 metros, Akani Simbine era um dos favoritos e derrotou mesmo Yohan Blake. Conseslus Kipruto (nos 3000 Obstáculos), Manangoi (1500 Metros) ou Kyron MacMaster (400 barreiras) cumpriram com o favoritismo, assim como Caster Semenya, uma das figuras ao fazer dobradinha nos 800 e 1500 metros, Hellen Obiri (nos 5000 metros) ou Katarina Johnson-Thompson (heptatlo).