Dia 4 dos Mundiais: O dia de África e da Europa

    No Salto em Altura feminino, grande competição marcada por quatro mulheres terem passado os dois metros e, como uma delas, Levchenko, tinha mais falhas que a outra, esta ficou sem medalha, mesmo passando essa grande fasquia. Quem foi ao pódio, com o Bronze, foi a norte-americana Vashti Cunningham (USA), igualando o seu recorde pessoal e conquistando a sua primeira medalha global em eventos ao ar livre, depois de já ter sido Ouro e Prata em Pista Coberta.

    A batalha pelo Ouro foi entre Mariya Lasitskene (RUS) e Yaroslava Mahuchikh (UKR). Lasitskene fez um concurso totalmente limpo até aos 2.04 metros, mas surpreendente foi ver Mahuchikh passar a essa mesma altura, batendo o recorde mundial júnior. Depois a ucraniana retirou-se do concurso, de forma totalmente inesperada, o que deu a vitória à russa (que não tinha falhas).

    Já são 3 os títulos mundiais de Lasitskene
    Fonte: European Athletics

    Lasitskene tentou ainda a 2.08 metros o segundo maior salto da história, mas não era hoje o dia para isso. À semelhança de Edris e Warholm, a russa também renova o título mundial que trazia de Londres, sendo que é o terceiro, pois já em Pequim havia sido Ouro.

    No que diz respeito à final do Lançamento do Disco masculina, o grande duelo era entre Daniel Stahl (SWE) e Fedrick Dacres (JAM), dois homens que têm dado cartas ultimamente, mas que ainda não tinham qualquer título global sénior (no caso de Dacres, nem medalha). Não foi o melhor concurso que vimos de ambos os atletas, mas, ainda assim, os dois chegaram aos dois primeiros lugares do pódio, com Stahl a conseguir finalmente o seu Ouro – a 67.59 metros – depois de várias desilusões nos últimos anos.

    Stahl chegou finalmente ao título mundial que tanto desejava
    Fonte: European Athletics

    Dacres ficou-se pela Prata com 66.94 metros e na terceira posição, o Bronze foi para Lukas Weisshaidinger (AUT), que consegue a sua primeira medalha global, depois do Bronze nos Europeus de Berlim. A deceção terá sido Andrius Gudzius (LIT) – campeão mundial em Londres – que confirmou que este não foi o seu melhor ano, terminando a final na 12.ª posição o pior dos atletas em prova.

    OUTROS DESTAQUES

    As semifinais dos 200 metros no masculino deram-nos já um aperitivo do que poderemos ver na final de amanhã, com Noah Lyles (USA) a correr a segunda série em 19.86 segundos. Adam Gemili (GBR) e Andre de Grasse (CAN) também venceram as suas séries dando boas indicações, mas o segundo tempo mais rápido das eliminatórias até foi de Alex Quiñónez (ECU), que fez 19.95 para ser segundo na série de Lyles. Ramil Guliyev (TUR) e Zhenye Xie (CHI) são outros nomes a considerar para a luta pelas medalhas.

    AMANHÃ

    Amanhã não haverá qualquer português em prova, mas emoções não irão faltar. Quatro finais serão disputadas nesta Terça-Feira: o Salto com Vara masculino, o Lançamento do Dardo feminino, os 800 metros masculinos e os 200 metros masculinos.

    Foto de Capa: IAAF

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.