3. 800 metros (M)
Emmanuel Korir (KEN) foi um elemento bastante dominador em 2018. Das 6 provas que fez ao ar livre, venceu as 6 (mais uma indoor), terminando o ano totalmente invencível. Venceu a final da Diamond League, venceu a Continental Cup também, assim como 4 outros importantes meetings da Liga Diamante, incluindo aqui em Doha. Em Londres, Korir correu em 1:42.05, um tempo que o colocou como o 6º atleta mais rápido da história e procurará em 2019 o seu primeiro título global. Para já quer começar a vencer esta 1ª etapa da Liga Diamante e para tal um dos adversários que terá que enfrentar é Nigel Amos (BOT), ele que ainda procura um título global também (a promessa…já tem 25!). Difícil é esquecer o 1:41.73 que fez nos Jogos de Londres para a Prata (no dia do recorde de Rudisha) e que o igualaram como 3º mais rápido de sempre. Desde aí tem sempre falhado em eventos globais e em 2018 teve uma época de altos e baixos, com o destaque a ser o 1:42.14 no Mónaco, a sua segunda melhor marca de sempre. Os dois enfrentam-se em Doha, numa prova em que teremos ainda Adam Kszczot (POL), que este ano até saltou o indoor para atacar em força o ar livre (foi Prata nos dois últimos Mundiais), o jovem queniano Wyclife Kinyamal (que no ano passado venceu em Roma, Xangai e os Jogos da Commonwealth) e o também jovem Donavan Brazier (USA), uma das maiores esperanças norte-americanas que este ano já fez o segundo tempo mais rápido da história em ambiente de pista coberta.
2. Lançamento do Peso (M)
No passado dia 20 de Abril, Ryan Crouser (USA) lançou o Peso a 22.74 metros (antes, no mesmo concurso, já tinha lançado 1 cm menos), um lançamento que o tornou no 6º atleta a ter lançado mais longe na história, sendo esse o maior lançamento de sempre até ao mês de Abril. É um excelente início de temporada para o campeão olímpico que terá em Doha que enfrentar o campeão mundial, Tomas Walsh (NZL). Walsh tem um recorde pessoal muito próximo do de Crouser, sendo mesmo, igualado, o 7º a ter lançado mais na história (22.67) e no ano passado também somou o título mundial indoor ao outdoor, além de ter vencido a Liga Diamante. Este ano também já anda próximo dos 22 metros…E agora podemos ir à lista dos outros presentes? Pois bem, Darrell Hill (USA) que foi o vencedor da Liga Diamante 2017; Michal Haratik (POL), que é o atual campeão europeu ao ar livre e em pista coberta; Konrad Bukowiecki (POL), Prata nos Europeus e campeão europeu em pista coberta há 2 anos; Darlan Romani (BRA), vencedor da Continental Cup e Tomas Stanek (CZE), medalhado em Mundiais e Europeus. Que nível!
1. 3.000 metros (F)

Fonte: IAAF
Para o final da noite, última prova, está reservada a prova de 3.000 metros no feminino que promete bastante. Entre as atletas presentes nas listas, estão 13 (!) quenianas, mais Yasemin Can que também nasceu no Quénia (agora representa a Túrquia). Mais “modesto” o contingente etíope conta com 5 atletas. E quando começamos a percorrer a lista de entradas, é difícil não percebermos a qualidade do elenco presente numa distância que parece ser cada vez mais uma grande aposta da IAAF para o ar livre (a partir do próximo ano será a prova mais longa em eventos Diamond League). Uma das estrelas é Hellen Obiri (KEN), a atual campeã mundial dos 5.000 metros e que conquistou também a Liga Diamante nos dois últimos anos. Ao longo da carreira tem sempre enfrentado as irmãs Dibaba, sendo que nos últimos anos a sua maior rival tem sido Genzebe, que estará em Doha, e que há 1 ano bateu Obiri em pista coberta nesta distância (e nos 1.500) nos Mundiais de Birmingham. Ao ar livre, Obiri terminou 2018 bem melhor do que Dibaba e será interessante perceber como ambas começam 2019. A elas junta-se também a recordista mundial da distância com obstáculos (!) Beatrice Chepkoech (KEN), ela que até tem um melhor pessoal de grande nível nesta prova também. Atenção a 3 quenianas que venceram provas de 3.000 na Diamond League no ano passado: Caroline Kipkirui (venceu em Doha), Agnes Tirop (venceu em Brimingham) e Lilian Rengeruk (venceu em Londres) e há ainda mais uma atleta especialista na distância com obstáculos chamada Hyvin Kiyeng (KEN), que é só a atual medalhada de Prata olímpica e ex-campeã mundial (foi 3ª em Londres no ano passado). Um luxo.
Foto de Capa: