1. Portugal nos Jogos do Mediterrâneo: três medalhas e bons resultados
Foi a estreia de Portugal nos Jogos do Mediterrâneo e, desta edição em Tarragona, trouxemos na bagagem três medalhas no Atletismo! A primeira delas foi a medalha de Prata de Liliana Cá no Lançamento do Disco ao lançar 60.05 metros. Liliana continua a fazer uma época irrepreensível, mostrando que o seu período de ausência prolongada pouco estará a afectar o actual rendimento, conseguindo até a qualificação para os Europeus de Berlim! Medalha de Prata também foi o que conseguiu Inês Monteiro nos 5.000 Metros ao correr em 15:54.78. Curiosamente, à semelhança de Liliana Cá, Inês Monteiro também teve um longo período afastada das pistas, não realizando provas de 5.000 durante largos anos. Por fim, tivemos uma saborosa e única medalha internacional da estafeta 4×100 masculina! A equipa foi composta por José Lopes, Diogo Antunes, Ancuiam Lopes e Rafael Jorge e correu em 39.28 para o Bronze!
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Além das medalhas, existiram outros resultados de enorme valia, onde podemos, por exemplo, destacar a excelente prova individual de Diogo Antunes (quarto em 10.41) e José Pedro Lopes (quinto em 10.43) nos 100 metros e de Miguel Marques na qualificação do Comprimento (7.75 metros – melhor marca pessoal). Um dos grandes resultados veio, mais uma vez, de Evelise Veiga! A atleta do Sporting saltou 6.61 metros, garantindo a qualificação (na verdade, mínimos B, o que chegará) para os Europeus de Berlim, bem como um novo recorde nacional sub-23 da disciplina.
2. Abderrahman Samba: o segundo mais rápido de sempre.
Foi a “marca-choque” deste fim-de-semana e isso diz muito tendo em conta a qualidade que o Atletismo apresentou pelo mundo. Abderrahman Samba tinha corrido cinco provas dos 400 metros com barreiras em 2018 e somado cinco vitórias, alcançando vários recordes de meetings, recordes nacionais, de área e até o recorde da Diamond League. No entanto, a sua fenomenal forma foi um “pouco ofuscada” pelo fantástico tempo de Rai Benjamin nos Universitários norte-americanos em 47.02. Abderrahman Samba puxou dos galões e foi ao Meeting de Paris correr em 46.98, naquela que é a segunda melhor marca de toda a história do evento, tornando-o o segundo atleta da história a baixar da barreira dos 47 segundos!
No espaço de 22 dias, vimos o segundo e o terceiro (igualado) melhor tempo do evento, o que só demonstra a qualidade actual do mesmo. A pergunta que paira no ar é apenas uma: quando teremos um duelo entre Samba e Benjamin? Todos o desejamos e a ameaça de aproximação ou quebra de recorde mundial (46.78 por Kevin Young em 1992) estará certamente no ar.