Maratona de Londres 2018: Olhos postos em Mo Farah, entre a elite Etíope e Queniana!

    Lawrence Cherono (KEN), o surpreendente vencedor (com recorde) da Maratona de Amesterdão em 2017 também estará aqui para bater os favoritos. Tola Shura Kitata (ETH), o vencedor de Roma e Frankfurt em 2017 também é um candidato ao pódio e outro conhecido do grande público é o atleta da Eritreia, campeão mundial em 2015, Ghirmay Ghebreslassie, na altura com 19 anos! Um ano depois, Ghebreslassie venceu a Maratona de Nova Iorque e foi o mais novo campeão de sempre em ambas as provas.

    E como fica Mo Farah no meio disto tudo, rodeado de tanto talento e tantos grandes candidatos ao pódio? Farah até já se estreou em Maratonas, em Londres também, em 2014. A estreia não foi exactamente a que o britânico desejava, embora não tenha sido um completo fracasso. Terminou em oitavo, em 2:08:21, falhando o objectivo de bater o recorde britânico que dura há 33 anos e que neste momento pertence a Steve Jones em 2:07:13. Mo e o seu actual treinador – Gary Lough, o marido de…Paula Radcliffe! – esperam bater essa marca, apontando para uma prova abaixo dos 2:05:30. Essa é a marca na mente do consagrado atleta, mesmo sabendo que isso tanto poderá dar para um primeiro lugar do pódio, como poderá não chegar para qualquer lugar do pódio. Em 2014, o atleta continuava a pensar na pista e sabia que após essa prova, o seu trabalho iria voltar a focar-se na pista. Hoje, o caso é diferente.

    Afastado da pista, Mo Farah está unicamente focado na Maratona e espera aqui um tempo que, pelo menos, mostre aos rivais, que ele veio para vencer e para entrar no grupo do pódio. Uma das maiores motivações de Farah é com certeza essa: entrar na categoria restrita de atletas que conseguem ser dominadores, tanto em pista como em estrada. As promessas dos vários atletas de elite apontam para que o ritmo escolhido seja um ritmo de “recorde mundial”, o que poderá dificultar a tarefa de Mo Farah. Ou então não. Como o próprio afirmou na antevisão da prova “só existe uma maneira de correr em Londres. Se eles querem ir em ritmo de recorde mundial, porque não ir com eles?”. A ferver!

    A Prova Feminina – A elite etíope e queniana, ou seja, a elite mundial

    Na prova feminina, as emoções começarão mais cedo, pelas 9h15 e não se pode dizer que fique a dever algo à prova masculina em termos de elenco. Mary Keitany (KEN) é a campeã em título, a segunda mulher mais rápida de sempre, tendo vencido esta Maratona por 3 vezes (além das vitórias em Nova Iorque), detém o tempo mais rápido de sempre em provas exclusivamente femininas (2:17:01), e vem à procura do recorde mundial absoluto (2:15:25) na posse de Paula Radcliffe. Para tal, contará com o apoio de lebres masculinas que ajudarão a marcar o ritmo.

    Mas não se pense que Keitany é a única e absoluta favorita a vencer a prova na capital britânica. Como grande rival terá a enorme Tirunesh Dibaba (ETH), por demais conhecida de todos nós. Tirunesh que venceu 8 Ouros entre Mundiais e Jogos Olímpicos nas provas dos 5.000 e 10.000, parece agora aos 32 anos, mais focada nesta aposta na Maratona, pelo menos este ano em que não teremos eventos globais de pista. Conseguiu o seu recorde na Maratona no ano passado aqui em Londres, abaixo dos 2:18 (2:17.56), alcançando a segunda posição do pódio, tornando-se a terceira mulher mais rápida da história na distância. No ano passado também, a irmã mais velha de Genzebe venceu a Maratona de Chicago e chega a esta prova com as ambições de triunfar, desta vez em Londres.

    Tirunesh Dibaba já foi muito feliz em Londres: em 2012, revalidou na capital britânica o título olímpico dos 10.000 Metros, no ano passado conquistou a Prata nos Mundiais de Londres
    Fonte: IAAF

    Tal como no masculino, a luta não se resume a dois atletas. Teremos presente Gladys Cherono (KEN), ela que já venceu duas Maratonas de Berlim, a última das quais no ano passado. Esta última em Setembro do ano passado soube ainda melhor, depois de ter passado o ano de 2016 afastada das provas devido a uma lesão. Tem também um excelente recorde (2:19:25) e pode ser uma verdadeira candidata à glória aqui em Londres, ela que também já venceu os Mundiais de Meia-Maratona em 2014.

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.