Mundiais Sub-20: Tudo o que precisas saber!

    Feminino

    Twanisha Terry (USA)

    Disciplina: 100 metros

    PB/SB: 10.99 (+1.7)

    A sua imagem carismática é facilmente reconhecível à distância, o que conjuga com a sua personalidade aberta. Twanisha Terry é, no entanto, mais famosa pela sua velocidade. Este ano até chegou a correr em 10.99 segundos em Torrance, baixando pela primeira vez dos 11 segundos, tornando-se apenas a 5ª atleta júnior da história a baixar dos 11 segundos nos EUA!

    A primeira época universitária de Twanisha Terry foi em grande!

    É verdade que as últimas provas de Terry indicaram algum desgaste da longa época universitária (a 1ª da atleta e a única caloira que garantiu presença na final), mas irá competir em Tampere com 1 mês de descanso face à sua última prova. Prevê-se, assim, que compita na máxima força e que voe para o título mundial depois do título nacional júnior norte-americano. Ainda assim, atenção…

    Briana Williams (JAM)

    Disciplina: 100 e 200 metros

    PB/SB: 11.13 (+1.7) / 23.11 (+1.1)

    Tal como Ingebrigtsen, faz parte desta lista apesar de não ser a favorita nº1 em nenhuma das duas provas em que participará. Mas tal como Ingebrigtsen, tem expectativas criadas sobre si que poucos atletas têm no mundo e tem provado junto dos melhores. Briana Williams detém o tempo mais rápido de sempre feito por uma atleta com 15 anos nos 100 metros, o seu recorde pessoal feito poucos dias antes de completar 16. Sim, porque Briana Williams chega aqui com 16 anos feitos este ano e, portanto, ainda poderá fazer os Mundiais Juniores de 2020 com 18 anos! Apesar dos seus 16 anos, chega a Tampere com o segundo melhor tempo entre as atletas em competição nos 100 metros, devendo ser um osso duro de roer para Twanisha Terry. Nos 200, o seu tempo coloca-a como a 5ª com a melhor marca entre as presentes e, é por isso, possível vermos uma atleta de 16 anos na final dos 100 e dos 200 metros nos Mundiais Sub-20! Briana Williams é treinada pela estrela de Trinidad & Tobago, Ato Boldon e é uma das maiores esperanças jamaicanas para o futuro da velocidade.

    Tia Jones (USA)

    Disciplina: 100 metros Barreiras

    PB: 12.84 (+1.2)

    SB: 12.89 (+0.2)

    Ela já participou nos Mundiais Juniores de há dois anos. Não só participou. Ela alcançou a medalha de Bronze nesta mesma disciplina (com um tempo de 12.89…o mesmo que tem de melhor nesta temporada) e um Ouro na estafeta 4×100 norte-americana. Apesar de ter vencido o título sub-20 Pan-Americano no ano passado (na sua última prova do ano), as marcas não baixaram dos 13 segundos em 2017. Este ano, Tia Jones nem era (nem é) a atleta que dominava os rankings nacionais. No entanto, sabemos a história das barreiras e a sua competitividade nos EUA: várias atletas de topo e alguém tem sempre que ficar de fora. Ficou a atleta que dominava o ranking mundial e Tia Jones sagrou-se campeã nacional júnior com os 12.89. Chega aqui agora como favorita, apesar da sua compatriota Courtney Jones até ter corrido mais rápido este ano (12.86). Tia Jones é uma das (duas) recordistas mundiais juniores da disciplina (houve quem até tivesse corrido mais rápido, mas em provas que não cumpriram os regulamentos anti-doping) e fê-lo quando ainda tinha apenas 15 anos. Não há nenhum outro recorde júnior ao ar livre feito por um atleta de 15 anos. E de 16, apenas nas estafetas. Diz tudo acerca de Jones, certo?

    Celliphine Chespol (KEN)

    Disciplina: 3000 metros Obstáculos

    PB: 8:58.78

    SB: 9:01.82

    Chespol é a segunda mais rápida da história. Não, não é a segunda júnior. É mesmo a segunda mulher mais rápida da história a ter corrido os 3000 metros Obstáculos. Fê-lo em 2017, pouco depois de ter completado os 18 anos e desde aí, embora mostre alguma inconsistência própria da idade, tem voltado a repetir tempos de enorme valia, situando-se neste momento na elite mundial da disciplina.

    Uma derrota de Chespol seria um dos momentos mais chocantes da história dos campeonatos
    Fonte: IAAF

    Aliás, é neste momento a segunda no ranking mundial sénior, com o tempo de 9:01.82 feito na Diamond League de Paris há pouco mais de uma semana. É assim muito difícil pensar em qualquer outro cenário que não passe pela vitória da queniana. Ela já venceu este título mundial há dois anos (na altura, tinha 17 anos), depois de também ter vencido o título mundial (dos 2.000 obstáculos) nos Mundiais Sub-18 um ano antes. É a recordista mundial júnior e é a recordista dos campeonatos (9:25.15), um tempo que, quase certamente, será melhorado.

    Lisa Gunnarsson (SWE)

    Disciplina: Salto Com Vara

    PB/SB: 4.60 metros

    Armand Duplantis pode dominar as atenções, mas a Suécia tem em Tampere uma bela oportunidade de conquistar os dois títulos mundiais da Vara! Lisa Gunnarsson tem a melhor marca entre as presentes, com os 4.60 metros que passou este ano no Texas, tem a experiência de já ter participado nestes campeonatos há 2 anos (na altura, com 16) onde conseguiu um 7º lugar e vem a Tampere com o título júnior europeu no bolso, com a vitória em Grosseto no verão passado (4.40). Já participou nos Mundiais seniores de Londres e por isso não nos parece que a atmosfera de grandes competições a intimide. No entanto, os seus resultados dos últimos tempos deixam no ar algumas dúvidas. Para vencer aqui terá que estar ao seu melhor nível. E ela sabe o que é preciso para ser a melhor. É a recordista mundial sub-18 do Salto Com Vara, tendo saltado (por duas vezes!) 4.50 metros há dois anos.

    Tara Davis (USA)

    Disciplina: Salto em Comprimento

    PB: 6.73 metros (+1.9)

    SB: 6.71 metros (-0.7)

    Um autêntico fenómeno de popularidade nas redes sociais (são mais de 82.000 os seguidores no Instagram) e uma relação muito próxima com os seus fãs, fazem de Tara Davis uma das mais conhecidas desta lista. Mas não é apenas, nem principalmente, por isso que ela é famosa. Foi, por exemplo, a campeã mundial sub-18 em Cali com um salto de 6.41 (+0.3) aos seus 16 anos. Tem sido também presença habitual nas barreiras a nível interno com resultados bastante bons, mas é apenas no Comprimento que aqui irá participar.

    Será Tara Davis a atleta a acabar com a “maldição” norte-americana?
    Fonte: IAAF

    Já anda na casa dos 6.7 e é também a recordista norte-americana júnior indoor, quando bateu um recorde que durava há mais de 36 anos, tendo saltado nesse dia 6.68 metros. A segunda atleta, em termos de marcas pessoais, está a 29 cm dela. Não parece que o Ouro esteja em causa, no entanto uma estatística curiosa: nunca uma atleta dos EUA ganhou qualquer medalha nesta disciplina nestes campeonatos!

    Alexandra Emilianov (MDA)

    Disciplina: Lançamento do Disco

    PB/SB: 60.24 metros

    É a única acima dos 60 metros das presentes, mas não é por isso que aqui consta. Alexandra Emilianov foi campeã europeia Sub-18 em 2016, campeã europeia Sub-20 em 2017, foi campeã mundial Sub-18 em 2015 e medalhada de Bronze nos Mundiais Sub-20 de 2016. Resumindo, o único Ouro que lhe falta é este! Um percurso verdadeiramente impressionante da atleta moldava que é a líder mundial da disciplina, mas que sabe que não será um passeio, pois há uma holandesa (a vice-campeã europeia sub-20, Van Klinken) que anda bem próxima das suas marcas (59.02 este ano!). Ainda assim, Emilianov sabe como ganhar e a sua experiência, aliada à sua fome do único título jovem que lhe falta só a pode colocar como favorita e um dos nomes a acompanhar com atenção em Tampere.

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.