7. Ronnie Baker bate Coleman nos 100 Metros
Os três atletas que tiveram em forte evidência na temporada indoor da velocidade, terminaram aqui em 1º, 2º e 4º lugar, todos abaixo dos 10 segundos, provando a importância que a temporada indoor tem no percurso dos atletas também ao ar livre. O fortíssimo arranque de Christian Coleman é por demais conhecido e quando se percebeu que aos 60 metros da prova estava lado a lado com Ronnie Baker muitos terão previsto, naquela escassez de tempo, que Coleman poderia perder a prova.
E assim o foi. Ronnie Baker mostrou-se muito forte em todos as fases da corrida, aguentou a pressão de ter ao seu lado um homem que já este ano se tornou recordista mundial (dos 60 metros) e levou a vitória num extraordinário tempo de 9.78, que infelizmente foi corrido com um vento ligeiramente superior ao regulamentar (+2.4) e que por isso não poderá ser um enorme novo recorde pessoal de Baker, que o tem nos 9.97, corridos este ano.
Coleman correu em 9.84 na primeira prova do ano, o que não deixa de ser um excelente resultado e parece ter feito a opção certa ao não dobrar distâncias como estava previsto. No terceiro lugar, mais uma grande prova do britânico Reece Prescod (9.88), ele que também tem apenas 22 anos e que parece estar a crescer a um ritmo assustador. No quarto, Bingtian Su em 9.90, mostrando que quer dar seguimento ao sucesso da temporada indoor.
8. O domínio Costa-Marfinense na velocidade feminina
Quando em Março, Murielle Ahouré e Marie-Josée Ta Lou cruzaram a meta na final dos 60 metros Indoor de Birmingham e alcançaram o primeiro 1-2 da história da Costa do Marfim, muitos elogiaram o resultado, mas acharam que o mesmo teria sido diferente se algumas das estrelas mundiais tivessem dado uma maior importância à temporada indoor.
Acontece que aqui, em Eugene, elas estavam todas (aliás, em Birmingham apenas não esteve Bowie). A campeã olímpica, Elaine Thompson (3ª em 10.98) continua a sofrer para encontrar a sua melhor forma, tendo a atleta já confessado que se encontra a batalhar com uma lesão. A campeã mundial, Tori Bowie, lesionou-se ao chegar à meta mas nunca conseguiu ombrear com as africanas (5ª em 11.03) e Dafne Schippers foi apenas 4ª no seu melhor da temporada em 11.01.
Murielle Ahouré trouxe toda a bagagem do título dos 60 metros de Pista Coberta e dominou mesmo de forma clara a prova até perto do final. Mas a forte consistência de Marie-Josée Ta Lou torna-a num dos nomes mais temidos do circuito e, neste momento, não existe prova de 100 metros onde a mesma não seja favorita. Nunca se desconcentrou pelo forte arranque da sua compatriota, executou a sua prova como constava no guião e levou a vitória em Eugene. Correu dois meetings da Diamond League em 2018 e venceu os dois abaixo dos 10.90. Aqui correu em 10.88 face aos 10.90 de Ahouré.