3. Nafi Thiam com o melhor de sempre na Altura das Provas Combinadas
Nunca ninguém tenha saltado tão alto nas Provas Combinadas femininas e claro que uma marca do género (2.01 metros) só poderia vir de Nafissatou Thiam, jovem belga de 23 anos, estudante no ensino superior de Ciências Geográficas, que já é campeã olímpica e mundial. Aconteceu no famoso fim-de-semana de Gotzis, na Áustria, num evento em que Thiam brilhou em várias provas (fez 6806 pontos) e chegou a ameaçar a queda do Recorde Europeu. Ele só não aconteceu devido a uma participação menos bem conseguida no Dardo, uma disciplina que a atleta confessou ter feito ajustes antes da prova e que tentou lançar de um modo diferente na Áustria. A marca conseguida no Salto em Altura é, também, a melhor marca mundial do ano neste momento e a atleta não ficou por aqui, somando melhores pessoais no Comprimento (6.62m) e Lançamento do Peso (15.29m)!
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4. Anita Wlodarczyk perdeu!
Pois é, a polaca que é a grande figura dominadora dos últimos anos no Lançamento do Martelo perdeu, finalmente, uma prova quase quatro anos depois! Em Halle, fez um concurso muito longe do nível a que nos habituou e terminou em nono lugar com o melhor lançamento a ficar-se pelos 65.71 metros. A última derrota tinha sido em Ostrava em Junho de 2014 e desde aí tinha conseguido 42 (!) vitórias consecutivas. Esta foi a primeira competição do ano para a atleta polaca que é a atual campeã olímpica e mundial.
5. Um dos melhores concursos do Peso de sempre
Aconteceu em Eugene algo que nunca tínhamos vivenciado: pela primeira vez, 4 homens passaram a barreira dos 21.80 metros! A competição teve assim direito a um recorde do meeting e a dois recordes nacionais! No quarto lugar, o campeão mundial Tomas Walsh não conseguia esconder no final a satisfação por ter contribuído para um facto histórico, mas, ao mesmo tempo, mostrava-se surpreendido por um lançamento de 21.84 metros apenas dar para um quarto lugar pela primeira vez na história.
No terceiro lugar, tivemos um brasileiro a bater o recorde nacional por um centímetro – recorde que já lhe pertencia. Darlan Romani lançou 21.95 metros e surpreendido também terá ficado por apenas chegar para o terceiro lugar, pois o polaco Michal Haratyk bateu também o recorde nacional ao ar livre (polaco) com 21.97 metros! Totalmente de loucos e só superado pela grande marca do campeão olímpico Ryan Crouser que lançou 22 metros e 53 centímetros, fixando um novo recorde do meeting de Prefontaine.
6. Noah Lyles. Ponto.
Começa a ser um dos nomes incontornáveis do Atletismo norte-americano e um daqueles casos que não parece nada afetado com as exigências do profissionalismo. Até ao momento, Lyles, que se estreou na Diamond League em 2017, correu quatro provas da competição e venceu as quatro, sendo que o pior resultado até foram os exatos 20 segundos na final de Bruxelas, quando venceu o troféu de Diamante no ano passado.
Em Eugene, voltou a vencer e fê-lo com “nota artística”. Correu os 200 metros em 19.69, a 1 centésimo do recorde do Meeting que pertence a Justin Gatlin e igualou a melhor marca mundial do ano, embora Lyles o tenha feito sem a altitude a que Munyai teve direito em Pretória. Com a desistência de Coleman dois dias antes da prova, a prova ainda continuava a estar recheada de armadilhas e de tubarões que poderiam levar a vitória.
Desde o início que se percebeu que apenas Isaac Makwala poderia dar alguma luta, mas quando o atleta do Botswana se lesionou na curva, já Lyles comandava a prova. Voou desde aí totalmente sozinho e fechou a prova, pela primeira vez na carreira, na casa dos 19.6. No final, confessou que não esperava tão cedo este tempo, mas que tem a certeza que coisas ainda melhores estão por vir. Aqui estamos para te ver.