Alguém mais?
Em 2017, as marcas de Samba e Benjamin colocaram-nos nos lugares 8 e 9 das melhores marcas mundiais desse ano. Como tal, é tentador acreditar que algum outro talento pode também despontar em 2018 ou que até podemos ter o ressurgimento de atletas mais experientes. Acontece que as marcas alcançadas durante este ano foram excecionais e é muito pouco provável que se volte a ver tão cedo um ano em que um número tão grande de atletas se supere tanto, em simultâneo e de uma forma tão avassaladora, face ao passado. Nos EUA continuamos a assistir a uma evolução gradual de nomes como TJ Holmes (23 anos) ou Kenneth Selmon (22 anos), mas é arriscado dizer que algum deles irá ter um ano tão dramaticamente diferente e que os coloque na casa dos 47 segundos. Muitas dúvidas existem também à volta do campeão olímpico Kerron Clement (33 anos), que não baixa dos 48 segundos desde essa final do Rio e que parece estar já na curva descendente da carreira.
Na verdade, o único atleta que parece poder entrar em discussões de medalhas é Yasmani Copello. O atleta, que representa a Turquia, já completou os 31 anos e irá chegar a Doha com 32, mas vem dos 3 melhores anos da sua carreira, sendo que em 2018 bateu o seu recorde pessoal, baixando mais uma vez dos 48 segundos e correndo em 47.81 para ser 2º nos Europeus de Berlim. Campeão europeu em 2016, ano em que também foi Bronze no Rio, sendo depois Prata em Londres no ano seguinte, Copello sabe superar-se nos grandes momentos e é sempre um nome a ter em conta.