O ressurgimento da velocidade britânica

Metodologia(s)

É difícil apontar uma diferença clara na metodologia britânica. Temos atletas em grupos muito díspares e muitos deles integrados em grupos de treino nas mais variadas geografias, uma prática que tem ganho cada vez mais fãs dentro da modalidade. Cj Ujah faz parte do mesmo grupo de treino de Andre de Grasse e Aries Merritt no Arizona. Adam Gemili e Desiree Henry fazem parte do grupo de treino, do qual faz parte Dafne Schippers ou Christian Taylor na Holanda, sob as orientações do norte-americano Rana Reider.

Outros passaram pelo sistema universitário norte-americano e por lá ficaram, como é o caso de Nethaneel Mitchell-Blake. Outros passaram e continuam pela Jamaica, treinando com Usain Bolt, como é o caso de Zharnel Hughes.

Existem atletas britânicos que não largaram as origens e o caso de Dina Asher-Smith é um perfeito exemplo disso. A britânica continua a ser treinada por John Blackie, técnico que a acompanha desde os seus 8 anos! São já 14 anos juntos desde que Dina se juntou ao Blackheath & Bromley Harriers Athletic Club e, a avaliar pelo último ano da atleta, a parceria parece estar a dar mais frutos do que nunca. Reece Prescod ou Asha Philip são outros exemplos de atletas com a formação – desportiva e académica – totalmente entre portas.

O modelo inglês define que todos os alunos devem fazer algum desporto até aos 16 anos e normalmente as escolas estão associadas aos clubes locais, utilizando as suas instalações e possibilitando mais facilmente a ponte para atletas que pretendam acompanhar a vertente escolar com o percurso desportivo, com uma integração muito maior comparada com outros países europeus.

Ainda assim, apesar dos diferentes percursos e apesar de espalhados por todos os cantos da Terra, a verdade é que o ambiente no seio do grupo britânico parece apontar para índices de camaradagem e espírito de equipa pouco vistos num passado não assim tão distante. Conforme Oliver Brown (jornalista desportivo) escreveu em artigo do Telegraph, as gerações passadas que espelhavam arrogância e pretensiosismo deram lugar a gerações mais humildes, trabalhadoras e com os pés bem assentes na terra. Esse espírito de equipa é facilmente observável em qualquer digressão britânica em eventos continentais ou globais, mas também pode ser observado nos mais variados tipos de eventos que são organizados pelo país, que contam muitas vezes com a presença em simultâneo de vários atletas rivais nos seus eventos.

Pedro Pires
Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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