Se nem a Taylor valorizam…
A nível internacional e fora do plano desportivo – ou não – a disciplina ficou marcada por declarações nas redes sociais do maior nome da atualidade – até há quem defenda ser o maior de sempre, mas falta-lhe o recorde mundial… – o norte-americano Christian Taylor. Taylor é bicampeão olímpico e triplo campeão mundial, mas nem isso parece convencer os organizadores de eventos a pagarem-lhe o mesmo que pagam aos principais nomes de outras disciplinas. O atleta que tem o segundo e o terceiro maior triplo salto da história – 18.21 e 18.11 metros – partilhou nas redes sociais que não irá marcar presença no meeting de Roma – evento Diamond League – da próxima quinta-feira, por razões orçamentais. O atleta afirma que o valor pago pela organização não é semelhante ao que esta paga a outros atletas de outras disciplinas e afirma até temer pelo futuro do Triplo. Taylor afirma, numa outra publicação, que pretende com as suas mensagens, justificar aos fãs o motivo da sua ausência e até refere Nelson Évora, ao dizer que se ele, Évora ou Claye não marcam presença em determinados eventos, é porque os atletas estão a procurar “criar mudança” no panorama atual.
A resposta do diretor do meeting, Gigi D’Onofrio, foi no mínimo…desagradável. Afirmando não ter poder financeiro para pagar o valor inegociável de Taylor e que Claye exigia um bilhete de classe executiva que custa 10.000 dólares (facto já refutado pelo atleta que afirma que D’Onofrio não o quis convidar até a poucas semanas do evento, quando o preço já tinha disparado…), disse ainda que todas estas críticas podem ter a ver com o facto de que a disciplina “deverá desaparecer do programa da Diamond League em 2020”, o que ainda é mais preocupante e que dá razão a quem afirma que a decisão da IAAF de redução de eventos na Diamond League vai destruir essas disciplinas em termos financeiros.
Foto de Capa: FPA/IAAF