Um fim-de-semana daqueles!

    Diamond League Londres: Muller Anniversary Games

    O Comprimento seria uma das provas a ser destacadas, mas a lesão de Echevarría acaba por retirar muitas das expectativas que existiam, ainda que o concurso deva pautar-se por um nível elevado, com Luvo Manyonga, Jeff Henderson e Ruswahl Samaai presentes! E ainda há uma milha feminina com Obiri, Hassan e Muir…

    100 metros (M): Diferente do que acontece em outros meetings da Diamond League, aqui em Londres há meias-finais com duas séries, que acontecem pouco mais de 1 hora antes da final. Claro que isso torna tudo mais imprevisível e aumenta o nível de dificuldade para os atletas. 

    Coleman e Baker são duas das estrelas da velocidade em Londres
    Fonte: IAAF

    O elenco em Londres conta com pesos pesados, como Christian Coleman (que regressou em Rabat com uma vitória), Ronnie Baker e Mike Rodgers (três dos norte-americanos que têm dominado o ano na distância), mas também com Cameron Burrell que foi este ano o campeão universitário e que é filho de Leroy Burrell – certamente que se lembram dele! Destaque ainda para as presenças de Yohan Blake e Akani Simbine, sendo que a representar a nação anfitriã os nomes de Adam Gemili e Zharnel Hughes são os dois que geram mais expectativa. Mas tudo depende das meias-finais…

    200 metros (F): Quando dissemos que as estrelas se iam dividir pelo Mónaco e por Londres, não fomos totalmente correctos. Na velocidade feminina, muitas das atletas irão marcar presença em ambas as reuniões! E como se sabe, a história nos 200 metros é um pouco diferente. A campeã olímpica Elaine Thompson estará por Londres, mas também a campeã mundial Dafne Schippers. Estarão as duas atletas da Costa do Marfim que costumam apresentar melhores resultados nos sprints mais curtos (Ta Lou e Ahouré), embora Ta Lou até seja a actual medalha de Prata de Mundiais nesta distância tambem. Dina Asher-Smith, a grande esperança da velocidade britânica junta-se à festa, bem como a jovem norte-americana que correu pela Universidade de Harvard até há bem pouco tempo, Gabrielle Thomas. No entanto, das presentes em prova, aquela que tem a melhor marca este ano até é Shericka Jackson (22.05), ela que se sagrou campeã nacional jamaicana há poucas semanas. 

    100 metros barreiras (F): Tem tudo para ser uma das provas mais emocionantes de Londres e tem desde logo o atrativo de ter o regresso de Kendra Harrison ao palco onde em 2016 bateu o recorde mundial da disciplina. É verdade que já antes retornou para os Mundiais e as coisas não correram tão bem, mas já voltou a ser feliz este ano em Inglaterra com o Ouro nos Mundiais Indoor e recorde dos campeonatos (60 barreiras). Não podia, ainda assim, pedir uma concorrência mais pesada, numa prova que também contará com meias-finais pouco tempo antes e que tem aqui em Londres 7 norte-americanas! A maior ameaça deverá ser a da campeã olímpica Brianna McNeal, que também aqui estava presente no dia em que Harrison bateu o recorde mundial. 

    Kendra Harrison bateu o recorde mundial neste mesmo estádio há dois anos
    Fonte: British Athletics

    McNeal (mais conhecida pelo nome de solteira, Rollins) é a líder mundial do ano em 12.38 (+1.3). Mas as ameaças internas não ficam por aqui, sendo que as duas maiores deverão ser Sharika Nelvis (que levou McNeal ao limite em Rabat) e Christina Manning. Outra presente é Kori Carter, ela que é a melhor amiga de Kendra Harrison e…a campeã mundial dos 400 metros barreiras. Sem ser as americanas, as mais fortes em pista parecem ser Danielle Williams (a jamaicana campeã mundial em Pequim) e Tobi Amusan (que venceu os Jogos da Commonwealth este ano). 

    5000 metros (M): Sabemos como em Inglaterra se gosta da longa distância e esta prova não deverá defraudar as expectativas. A armada etíope é fortíssima, contando desde logo com o campeão mundial, Muktar Edris, no seu regresso ao Olímpico de Londres depois de ter feito a “desfeita” de ter “roubado” aquele que seria o último Ouro global da carreira de Mo Farah em pista. Hagos Gebrhiwet, medalhado olímpico e mundial, será outro dos etíopes em pista, assim como Yomif Kejelcha, o duplo campeão mundial indoor dos 3000 metros e duas vezes quarto classificado em Mundiais nos 5000, apesar de ainda só ter 20 anos! Mas atenção porque para além da concorrência habitual queniana (comandada por Bethwell Birgen), há a ameaça do norte-americano Paul Chelimo, ele que foi Prata no Rio e Bronze em Londres. E ele já disse que neste regresso a Londres tem que acabar o que deixou por fazer antes! No entanto, o líder mundial é Birhanu Balew, que venceu em Lausanne, e ele também aqui estará. Até já imaginamos os últimos 200 metros desta prova…

    Salto Com Vara (M): Motivos de interesse não faltarão e para isso basta dizer que presentes estarão os 3 nomes em maior destaque nesta temporada: Sam Kendricks, Renaud Lavillenie e Armand Mondo Duplantis! Sam Kendricks domina o ranking mundial (5.96), mas já foi batido tanto por Lavillenie, quanto por Armand Duplantis. Duplantis que ainda há uma semana conquistou o título mundial sub-20 com um novo recorde dos campeonatos (ele que também é, por larga margem, o recordista mundial júnior). E como se isto não chegasse, ainda teremos um campeão mundial (Shawn Barber) e um campeão olímpico (Thiago Braz da Silva) que parecem estar a retornar à forma de outrora. A ver com atenção, tudo pode acontecer. 

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.