Acabaram os postes?

Marcar de gancho?

Fonte: NBA
Fonte: NBA

Hoje é impossível ver algum jovem a treinar ganchos (skyhooks). Durante muito tempo, foi considerado o melhor para os jogadores interiores já que é quase impossível de ser desarmado.

Falar do gancho, um lançamento que implica equilíbrio, coordenação, técnica e tempo para aprender, é falar de Kareem Abdul Jabar. Mas porque quase desapareceu este lançamento?

Muitos argumentam que é um lançamento lento e desajustado aos tempos actuais. Provavelmente é verdade, mas o seu equivalente, o floater, está agora muito em voga nos jogadores exteriores.

Se treinassem muito e bem os fundamentos (trabalho de pés), os postes, depois de se sentirem confortáveis com o jump hook ou o sky hook, podiam facilmente fazer a transferência para outros lançamentos mais actuais. Na dúvida, tomam opções: treinar duas horas de ganchos ou treinar os movimentos de tiros e penetrações exterior? Ou ir para o ginásio fazer pesos? Claramente estão mais orientados para o jogo do perímetro o que não lhes deixa tempo para os ganchos (softer skill).

Basta estar atento aos Campos de “Aperfeiçoamento”, que um pouco por todo o país se vão realizando para ver que poucos jogadores têm alguma habilidade na posição de poste, que colocam sistematicamente a bola no chão, falham lançamentos, executam mal e fazem passos sem que ninguém os  corrija.

Ninguém aprende a jogar se treinar desta forma.

Recordo uma passagem de um livro do Prof. J. Araujo a propósito do tema:

“Os jogadores ditos “altos” tinham de ser especialistas no “gancho”, uma execução técnica especificamente dirigida aos jogadores que actuavam nas áreas próximas do cesto. Como era possível , um verdadeiro especialista como eu  não conseguir aplicar tal saber durante os jogos. Não era o mesmo ter aprendido e repetido até à exaustão ume execução técnica , sem oposição de qualquer espécie e, em seguida pretender repeti-la em circunstâncias totalmente diferentes. Faltava a situação real de jogo. Treinar como se joga”.

Mário Silva
Mário Silvahttp://www.bolanarede.pt
De jogador a treinador, o êxito foi uma constante. Se o Atletismo marcou o início da sua vida desportiva enquanto atleta, foi no Basquetebol que se destacou e ao qual entregou a sua vida, jogando em clubes como o Benfica, CIF – Clube Internacional de Futebol e Estrelas de Alvalade. Mas foi como treinador que se notabilizou, desde a época de 67/68 em que começou a ganhar títulos pelo que do desporto escolar até à Liga Profissional foi um passo. Treinou clubes como o Belenenses, Sporting, Imortal de Albufeira, CAB Madeira – Clube Amigos do Basquete, Seixal, Estrelas da Avenidada, Leiria Basket e Algés. Em Vila Franca de Xira fundou o Clube de Jovens Alves Redol, de quem é ainda hoje Presidente, tendo realizado um trabalho meritório e reconhecido na formação de centenas de jovens atletas, fazendo a ligação perfeita entre o desporto escolar e o desporto federado. De destacar ainda o papel de jornalista e comentador de televisão da modalidade na RTP, Eurosport, Sport TV, onde deu voz a várias edições de Jogos Olímpicos e da NBA. Entusiasmo, dedicação e resultados pautam o percurso profissional de Mário Silva.                                                                                                                                                 O Mário escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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