A CRÓNICA: BRIOSA CANTA DE GALO
Após jogos a meio da semana em que nem Galitos, nem Académica saíram por cima, os dois conjuntos encontraram-se no Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia a ocuparem a metade de baixo da tabela.
O Galitos tem visto o seu trabalho condicionado pelos casos positivos de covid-19 na equipa, pelos ajustes que tem feito no plantel e pelas lesões. A equipa do Barreiro entrou para o jogo com quatro derrotas averbadas noutras tantas partidas e ocupando o último lugar da classificação. A Académica já tinha conseguido uma vitória em casa do Esgueira, pelo que, a jogar em casa, procurava um triunfo importante para a luta pela manutenção.
O jogo iniciou com um destaque no Galitos. Patrick McGlynn estreou-se na equipa visitante e logo no cinco inicial. O jogo começou animado, com muito espetáculo de parte a parte e as equipas a correr no campo. A Académica destacou-se neste início pelo ritmo que conseguiu impor no jogo. No decorrer do jogo, destaque para a estreia de Ashford Golden, o quinto estrangeiro da Académica, que ajudou a carimbar a vantagem de nove pontos com que os estudantes fecharam o primeiro período fruto de um parcial de 24-15.
No segundo período, o Galitos reencontrou-se com o jogo. O treinador Hugo Salgado aumentou a altura da sua equipa com Nix e Ododa a jogarem em simultâneo e conseguiu criar problemas à Briosa no jogo interior. No entanto, a reação foi fugaz e a Académica, que ganhou inspiração nos lançamentos exteriores, abriu novamente no marcador, que, ao intervalo, marcava 48-35, favorável aos comandados de Ivo Rego.
O início da segunda parte foi do Galitos que anulou a sua desvantagem e passou para a frente do marcador. O aumento da agressividade defensiva foi o fator responsável pela recuperação, limitando o ataque da Académica a apenas dez pontos. A equipa do Barreiro levou assim uma vantagem de 63-58 para o último e derradeiro quarto.
Num último período equilibrado e em que a aposta das duas equipas foi o cinco para cinco em meio-campo, foi a Briosa que acordou e puxou dos galões para estabelecer o 89-83 final.
Vitória da equipa mais forte em mais momentos do jogo. A Académica viu a profundidade do seu banco alargada com a adição de um novo norte-americano e tem condições para ser um sério problema para muitas equipas na Liga. O Galitos terá que continuar a corrigir algumas debilidades da equipa para que consiga começar a sentir o sabor da vitória. Segue-se uma pausa para os compromissos da seleção nacional, onde a Briosa está representada pelo poste Daniel Relvão.
A FIGURA
#PSACmbb West AOW: Malcolm Richardson, SRU – 19pts, 11rbs, 4 assists in 2 wins – clinched PSAC Tourney spot pic.twitter.com/5CHMmYjzPL
— PSAC Sports (@PSACsports) February 16, 2015
Malcolm Richardson – já começa a ser uma nomeação habitual. Nos momentos decisivos do encontro esteve lá para resolver, mesmo quando esteve discreto durante o resto do jogo. Não é à toa que é o melhor marcador da Liga e um dos melhores no capítulo das assistências. Terminou com 29 pontos.
O FORA DE JOGO
Rozelle Nix – forte presença física, mas nem sempre a conseguir resolver da melhor maneira no ataque quando a sua equipa precisava. Passou mal quando envolvido em trocas defensivas. Acabou excluído.
ANÁLISE TÁTICA – ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA
Apostaram muito em correrias, procurando aproveitar as volatilidades na recuperação defensiva de alguns jogadores adversários. Quando Nix, um dos postes do Galitos, estava em campo, promoveram trocas defensivas para que Malcolm pudesse explorar a maior velocidade que tem relativamente ao adversário que o ficava a defender. Ainda assim, tiveram dificuldade em controlar a tabela defensiva em certos momentos.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Paulo Caldeira (6)
Malcolm Richardson (9)
Robert McCoy (7)
Josh McNair (6)
Bakary Konate (6)
SUBS UTILIZADOS
Krassimir Pereira (-)
André Mendes (-)
Ashford Golden (4)
Daniel Relvão (5)
ANÁLISE TÁTICA – GALITOS FC
Sempre comandados por McGlynn, foi através da sua inspiração no um para um que subsistiram no ataque e causaram mais mossa à Académica. Na defesa, muitas dificuldades para controlarem a entrada dos adversários na área pintada. Preocuparam-se sempre em condicionar o base da Académica desde o momento em que recebia a bola, mas sem grandes resultados práticos. Vieram para o segundo tempo mais agressivos. Foram muito aguerridos na luta dos ressaltos, sendo que, nesse capítulo, destaque para Ododa.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Patrick McGlynn (7)
Diogo Correia (5)
Daniel Machado (5)
Emanuel Sá (5)
Alonzo Ododa (8)
SUBS UTILIZADOS
Rozelle Nix (5)
Jaques Conceição (6)
Otasowie Iyekekpolor (6)
André Calabote (-)