FC Porto 87-46 Imortal BC: Mais um dia no escritório para um dragão voraz

    A CRÓNICA: NEM FOI PRECISO CAPRICHAR PARA O FC PORTO ESMAGAR

    Era num recinto longe de lotado, mas com Jorge Nuno Pinto da Costa presente, que os portistas davam o lançamento de saída na fase a eliminar da LPB. Do outro lado, víamos um Imortal BC que almejava disputar o mais que pudesse esta eliminatória, tentando eventualmente forçar um terceiro e decisivo encontro.

    Seria desde bem cedo na contenda, apoiados num excelente comportamento defensivo, que os vice-campeões nacionais construíam um parcial bem confortável, sendo que os algarvios apenas concretizaram levados quatro minutos. De resto, e no final do primeiro quarto, o resultado indicava um score de 21-11.

    Com os do sul do país a precipitarem-se cada vez mais, terminando sem lançamento grande parte das investidas, foi com naturalidade que o marcador seguia impiedoso e sem mácula, aumentando cada vez mais a décalage existente entre as formações. Sendo que a superior qualidade das opções ao dispor de Moncho López ia sendo determinante para a concretização de tamanho desnível, com os portistas a concluírem o quarto triunfando por 34-19.

    O regresso das cabines traria várias alterações em ambos os conjuntos, mas a partida, essa, seguia sem grande oposição favorável aos caseiros, que apenas não eram mais incisivos devido às várias falhas da linha de lançamento livre. Resultado: um contundente e desequilibrado 63-33 à entrada dos dez derradeiros minutos.

    Com tudo mais que resolvido quanto ao vencedor deste primeiro confronto da série, algo pouco cativante tratando-se de um jogo do play-off, foi sem surpresas que os técnicos acabaram por dar minutos às segundas linhas. Assim, iam gerindo os respetivos plantéis, pois, havia que preparar o jogo seguinte, agendado para o terreno dos visitantes desta partida. Com a lentidão a tomar conta de uma partida cada vez mais desinteressante, foi um verdadeiro suplício o derradeiro quarto que confirmaria o parcial final de 87-46.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Coletivo portista – Se é verdade que o desaire registado na Taça podia influenciar o jogo dos azuis e brancos, principalmente no começo, não é menos verdade que esses eventuais fantasmas acabaram por ser prontamente ultrapassados. Com uma exibição bem agradável e com a distribuição de pontos entre os seus constituintes a ser bastante homogénea, a maior pecha residiu mesmo na precária eficácia da linha de lance livre, algo que poderá custar caro em jogos bem mais disputados.

    O FORA DE JOGO

    Falta de agressividade forasteira – Quando se esperava que a prestação da temporada transata fosse motivo para entusiasmar o conjunto orientado por Luís Modesto, eis que a entrada em jogo do Imortal BC foi para lá de confrangedora, alinhando uma série de erros pouco normais e admissíveis a este nível. Com esta exibição tão pouco colorida, será difícil recuperar a equipa, o que pode tornar as coisas mais complicadas para os nortenhos no próximo domingo. Será Luís Modesto capaz de operar tamanho “milagre”?

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Sem lugar a poupanças, não obstante a baixa de Max Landis, por lesão, foi desde bem cedo que os da Invicta forçaram a nota. Alicerçados numa grande superioridade na luta das tabelas, bem como na qualidade da linha dos três pontos, assentando numa forte coesão defensiva, houve, contudo, dois atletas do FC Porto a assumirem o papel de MVP do encontro: Vlad Voytso e Mike Morrison.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Jonathan Arledge (6)

    Miguel Correia (6)

    Mike Morrison (8)

    Rashard Odomes (7)

    Brad Tinsley (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Tiago Almeida (5)

    Francisco Amarante (6)

    Miguel Queiróz (6)

    Charlon Kloof (7)

    João Soares (6)

    Vlad Voytso (8)

    João Maia (-)

    João Torrié (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – IMORTAL BC

    Foi de forma bastante passiva, pouco ambiciosa e desinspirada que uma das mais míticas instituições da modalidade a nível nacional se apresentou na casa dos dragões. Com bastante sangue lusitano nas suas fileiras, os norte-americanos,  que, supostamente, deveriam acrescentar qualidade ao plantel, acabaram por não o concretizar, tornando o nível de jogo para lá de medíocre. As falhas hoje averbadas terão de se alterar diametralmente  para que o segundo duelo não fique resolvido prematuramente.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Jordan Bruner (4)

    Fábio Lima (3)

    Anthony Smith (3)

    Nuno Morais (4)

    Ty Toney (3)

    SUBS UTILIZADOS

    Sérgio Silva (4)

    Roddy Peters (3)

    João Neves (3)

    Rui Quintino (5)

    Keven Gomes (4)

    Filip Gewert (-)

    Jonathan Silva (-)

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.