NBA | Showtime em Brooklyn

    Steve Nash vem com a lição estudada

    Steve Nash, que teve uma extensa e valiosa experiência enquanto jogador e outra bem curta enquanto player development consultant (consultor de desenvolvimento de jogador) pelos Golden State Warriors, enfrentou Steve Kerr no seu primeiro jogo como treinador principal. Nash e Kerr principiaram a respetiva carreira de treinador, liderando equipas com potencial de campeão. É interessante perceber como a experiência de Nash nos Warriors influenciou positivamente a sua entrada ”em grande” pelos Nets.

    Caracterizado por potenciar os seus colegas enquanto jogador, Steve Nash terá agora a mesma função sendo treinador principal. Todavia, a tarefa será bem diferente. Os primeiros sinais são de grande promessa para aquilo que se avizinha.

    Abordando as dinâmicas ofensivas, os primeiros dois jogos foram esclarecedores sobre aquela que será a raíz estratégica desta equipa de Brooklyn, que, inclusive, faz-nos lembrar dos Warriors de Kerr. Movimentos sem bola com bloqueios indiretos e “cegos” para libertar KD ou até mesmo Harris serão frequentes e fulcrais para instigar as defensivas contrárias. Depois, isolações e constantes ações de 1vs1 serão inevitáveis, uma vez que não poderemos negar a prepotência de KD e Kyrie nesta área do jogo.

    Ora, numa equipa com duas estrelas submersas de particularidades e personalidades «fortes» como as de KD ou Kyrie, o que mais se temia seriam as possíveis egolatrias que se podiam concentrar em determinados momentos da época.  Esta lição vem de outros tempos e parece ter sido muito bem assimilada. Steve Nash teve em Kerr um professor na gestão de recursos humanos, o que se já começa a notar.

    Os Nets, de resto, não parecem, numa primeira instância, fraquejar taticamente ou apresentar dessincronização (o que até seria normal). Aliás, a melhor notícia, para além de um KD igual a si mesmo, é um Kyrie Irving a lembrar os tempos áureos aquando atuava pelos Cavaliers.

    Estes dois, por si só, vão ser um tormento para qualquer defensiva, que terá problemas em  cerrar as isolações de dois dos melhores jogadores nesta circunstância do jogo. Isto, conjugado com o equilíbrio e profundidade de um plantel que conta com Caris LeVert a saltar do banco, diz muito sobre o potencial da «turma» de Steve Nash para alcançar o título (já) esta época.

    De relembrar ainda que, no 5 inicial, os Brooklyn Nets atuam com Joe Harris no perímetro e DeAndre Jordan na zona pintada. A eficácia de um na linha dos três pontos e a força física do outro na luta pelas tabelas será um tormento para a defesa contrária, que será obrigada a lembrar-se de que, em campo, há muito mais para além de KD e Kryie.

    Infelizmente, para infortúnio dos fãs dos Nets, Spencer Dinwiddie lesionou-se com gravidade, sofrendo uma ruptura parcial do ligamento cruzado anterior do joelho direito, Por isso, não jogará mais esta temporada. Um azar que poderá custar caro, sendo Dinwiddie uma ameaça ofensiva que fará falta, quando Kyrie ou KD não se apresentarem tão “animados”.

    Esta temporada terá, finalmente, uma equipa de Nova Iorque nos holofotes da NBA. Assim, vai ser possível ver duas estrelas a ressuscitarem o seu normal físico e a explorarem a vantagem de ter um técnico que, mesmo sem experiência, apresenta características que não pressagiam uma temporada negativa em termos de gestão de recursos humanos e de egolatrias.

    Artigo revisto por Mariana Plácido

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.