A NBA e o asterisco

    Bayless afirmou que dado a decisão da liga em confinar todos os jogadores numa “bolha” em Orlando, este título será bastante mais fácil do que os outros, visto que todas as distrações e fatores externos foram eliminados. O facto de não existirem viagens, de o “fator casa” ter perdido o significado porque todas as equipas jogarão no mesmo sítio. Para Bayless, a falta destes fatores, que em anos normais seriam determinantes, acaba por tornar este campeonato mais fácil do que todos os outros.

    Tal como temos assistido no regresso do futebol, tanto em Portugal como no resto do mundo, as modalidades coletivas dependem bastante do entrosamento entre os atletas, da química que apenas se ganha quando se está dentro de campo a jogar lado-a-lado. Depois de aproximadamente três meses sem jogarem juntos, essa ligação entre jogadores acaba por se perder, daí assistir-se a resultados que seriam inesperados em qualquer outra ocasião.

    Concordo com Skip Bayless quando este afirma que o campeonato da NBA de 2019-20 terá sempre um asterisco, não por ser o mais fácil, mas antes o contrário: o campeonato de 2019-20 talvez seja o mais complicado de sempre.

    Ao longo da época, mas mais especificamente na sua segunda metade, os jogadores tiveram que enfrentar obstáculos físicos e psicológicos. Desde o aparecimento da pandemia, o confinamento, a perda de familiares devido ao vírus, o movimento Black Lives Matter, os motins em inúmeros pontos dos Estados Unidos da América.  Ao contrário dos outros anos, nesta temporada o basquetebol tem sido a última preocupação dos jogadores.

    Faltam alguns dias para o regresso da NBA e o campeão só será conhecido daqui a três meses, mas, independentemente do vencedor, este título terá sempre um lugar único e de destaque na história da NBA por tudo o que o rodeou e os obstáculos que tiveram que ser ultrapassados.

    Foto de capa: LA Clippers

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    Leonardo Costa Bordonhos
    Leonardo Costa Bordonhoshttp://www.bolanarede.pt
    É jornalista desportivo e o andebol e o futebol foram o seu primeiro amor. Com o passar do tempo apaixonou-se também pelo basquetebol e futebol americano, e neste momento já não consegue escolher apenas um                                                                                                                                                 O Leonardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.