Ao sabor do vento

    Em Chicago, houve mudança de treinador, com Fred Hoiberg a ser despedido depois de pouco mais de três épocas ao comando dos Bulls. Numa cidade conhecida como “Windy City”, é de acordo com o vento que os dirigentes parecem andar. Após trocarem todos os melhores jogadores de modo a reconstruir através do draft, os Bulls decidem despedir o treinador porque não ganha jogos.

    A relação Hoiberg-Chicago nunca atingiu um patamar de confiança notório e parecia ser uma questão de tempo até o primeiro abandonar os Bulls. Ainda assim, se a razão para o despedimento for o mau início de temporada, como aparenta ser, a equipa do Este tem muito para explicar.

    Hoiberg conseguiu, em três temporadas, chegar uma vez aos playoffs. Chegou através do oitavo lugar, ficando a uma inesperada lesão de Rajon Rondo de chocar os primeiros classificados Boston Celtics. Depois desse ano, foi altura de deitar tudo abaixo. Wade e Rondo saíram, Jimmy Butler foi trocado e iniciou-se a reconstrução (Mirotic haveria de sair a meio da temporada). Os Bulls conseguiram adicionar jogadores como Zach Lavine, Kris Dunn e a peça com maior potencial, Lauri Markkanen. Já antes desta época, foi a vez de Wendell Carter Jr. chegar através do draft.

    Fred Hoiberg com o adjunto e agora treinador dos Bulls, Jim Boylen
    Fonte: Chicago Bulls

    Os Bulls ficavam com uma boa dupla de postes, mas decidiram dar 20 milhões a Jabari Parker, um jogador que passou mais tempo lesionado do que em campo e que um dia disse que “ninguém é pago na NBA para defender”. Zach Lavine já não é conhecido pelo seu magnífico trabalho defensivo, juntando Parker e um Lauri Markkanen que só se estreou na temporada neste fim-de-semana e fica complicado para Hoiberg, que continuava a ver o crescimento de Kris Dunn simplesmente não acontecer.

    O tempo de Hoiberg em Chicago teria sempre os seus dias contados e a sua saída aconteceria sempre num futuro próximo. Mas os grandes culpados da falta de rumo dos Bulls continuam a ser a dupla John Paxson/Gar Forman. Porque por muito limitado que fosse o “cozinheiro” Fred Hoiberg, não lhe podem dar duas laranjas e um saco de arroz e esperar que este faça a melhor francesinha do mundo.

    Foto de Capa: Chicago Bulls

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.